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Russos usam violação como 'instrumento de guerra' na Ucrânia

Psicóloga que trabalha neste grupo de direitos humanos, afirma que, com o apoio da UNICEF, já ouviu dezenas de relatos de violência sexual relacionados com o conflito.

Russos usam violação como 'instrumento de guerra' na Ucrânia
Notícias ao Minuto

10:03 - 22/04/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

Os russos estão a usar violação como 'instrumento de guerra' na Ucrânia, alegam grupos de direitos humanos na Ucrânia.   

De acordo com Alyona Krivulyak, que lidera o La Strada-Ukraine – um grupo que luta contra a violência baseada no género – à CNN, a organização já recebeu nove relatos de violação no país, a maioria coletivos.

"A violação é um instrumento de guerra contra a população civil, um instrumento de destruição da nação ucraniana", disse Alyona.

Alexandra Kvitko, psicóloga que trabalha neste grupo de direitos humanos, afirma que, com o apoio da UNICEF, já ouviu dezenas de relatos de violência sexual relacionados com o conflito.

"Esta quantidade de violência sexual, este tipo de brutalidade nunca aconteceu antes", disse à CNN.

Nos últimos cinco anos, Kvitko disse que só lidou com 10 casos de agressão sexual antes de uma invasão, mas agora, com apenas algumas semanas de trabalho na Ucrânia, o número é muito maior.

"Agora, em algumas semanas de trabalho, tenho 50 casos, e não são apenas mulheres - são crianças, meninos e homens", disse.

A violação está a ser usada para quebrar a moral dos ucranianos, "para impedir que resistam", sublinhou a psicóloga. 

Recorde-se que no último mês se multiplicaram os relatos de violações não só em mulheres como em jovens e crianças. 

Dentro de dois dias, faz dois meses desde o dia em que a Rússia invadiu a Ucrânia numa ofensiva que está a devastar o país. A generalidade da comunidade internacional condenou o ataque perpetrado por Putin e lançou duras sanções contra o país, que não recuou. 

Os ucranianos surpreendem diariamente por manterem a resiliência contra o inimigo.   

Leia Também: "Não quero viver mais". O relato cortante de mulher violada em Kherson

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