Meteorologia

  • 05 MAIO 2024
Tempo
19º
MIN 15º MÁX 20º

Conselheiro da ONU para os refugiados pede diálogo nos conflitos atuais

O conselheiro do Alto Comissariado para os Refugiados da Organização das Nações Unidas (ACNUR), Athar Sultan-Khan, apelou hoje, num evento promovido em Mafra, ao diálogo entre as partes envolvidas nos conflitos existentes no mundo.

Conselheiro da ONU para os refugiados pede diálogo nos conflitos atuais
Notícias ao Minuto

19:49 - 21/04/22 por Lusa

Mundo Conflitos

"A diplomacia e o diálogo são as únicas garantias de paz para que as pessoas possam regressar a casa", afirmou Athar Sultan-Khan, numa intervenção presencial no encontro II Mafra Dialogues, que contou com a tradução simultânea de inglês para português na transmissão 'online'.

O conselheiro do ACNUR alertou que "há falta de confiança na forma de [as partes] iniciarem o diálogo", apelando por isso à necessidade de se entender as "diferenças" entre povos e nações e de se "evitar pontos de fricção".

Para tal, considerou que é necessário entender as "diferenças" entre povos e nações, dando o exemplo das culturais e históricas.

Por outro lado, disse que é importante "trabalhar no campo e não por detrás de muros ou de arame farpado", privilegiando o diálogo "cara a cara" em detrimento da diplomacia cibernética.

O responsável defendeu ainda que a "ONU deveria criar uma força para ser usada em casos extremos".

A Rússia não tem ainda uma resposta ao pedido do secretário-geral da ONU, António Guterres, para se reunir em Moscovo com as autoridades do país sobre a situação na Ucrânia, informou hoje a Presidência russa.

Na terça-feira, Guterres enviou cartas aos Presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pedindo-lhes para ser recebido em visitas a Moscovo e a Kyiv.

Nas cartas, o secretário-geral da ONU lembra que tanto a Rússia como a Ucrânia são membros fundadores da ONU e que "sempre deram um apoio sólido à organização", avisando que vivemos "em tempos de grande perigo".

Guterres diz ainda que gostaria de discutir "medidas urgentes para trazer a paz à Ucrânia".

Esta semana, o secretário-geral da ONU propôs à Rússia e à Ucrânia que declarassem uma "trégua de Páscoa" de quatro dias (referindo-se à Páscoa ortodoxa).

A Ucrânia apoiou a iniciativa de declarar uma "pausa humanitária" e assim ajudar a retirar civis das áreas mais afetadas pelos combates.

Contudo, as milícias pró-Rússia na região do Donbass (leste ucraniano) duvidam da eficácia da medida e acusaram Kyiv de quebrar tréguas anteriores, durante os oito anos de conflito na região.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Espanha anuncia envio de 200 toneladas de material militar

Recomendados para si

;
Campo obrigatório