O tribunal da Bósnia-Herzegovina considerou em comunicado que "não ficou provado" que Dragan Vikic e os três restantes polícias "tenham cometido os atos criminais de que estavam acusados".
As oito vítimas, soldados sérvios incorporados no Exército Popular Jugoslavo (JNA), foram capturados nos arredores de Sarajevo em 1992 após uma avaria no seu veículo.
Os detidos foram conduzidos para um parque, mortos a tiro e os seus corpos retirados do local para dissimular a execução sumária. Apenas foram encontrados os restos parciais de duas das vítimas.
Dois dos polícias estavam acusados de participação direta nas mortes. Dragan Vikic e um coacusado foram indiciados por não terem impedido as execuções nem sancionado os seus autores.
À saída do tribunal, dezenas de pessoas, incluindo alguns dos seus antigos correligionários, aclamaram Vikic, que na ocasião dirigia uma unidade especial do Ministério do Interior bósnio, indicaram os 'media' locais.
"Dragan Vikic é o herói da nossa cidade!", lia-se em alguns dos cartazes exibidos pelos seus apoiantes.
A guerra civil interétnica na Bósnia-Herzegovina (1992-1995), que opôs muçulmanos, sérvios e croatas, provocou mais de 100.000 mortos e cerca de dois milhões de refugiados e deslocados.
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