Reino Unido aplica sanções a líderes militares russos

O Governo britânico anunciou hoje novas sanções contra líderes do exército russo que, segundo Londres, são responsáveis por "cometerem atrocidades na linha da frente" da guerra contra a Ucrânia.

O jornal de investigação russo Novaya Gazeta, um dos símbolos da imprensa independente na Rússia, disse hoje que foi derramado um produto químico desconhecido na entrada da sua redação, em Moscovo, já anteriormente alvo de ataques.

© Getty Imagens

Lusa
21/04/2022 15:03 ‧ 21/04/2022 por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

Na lista do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico constam quatro generais e comandantes militares russos, incluindo o tenente-coronel Azatbek Omurbekov, o homem apontado como responsável pelo massacre de Bucha.

As autoridades britânicas dizem que o chamado "carniceiro de Bucha" comandou as forças que ocuparam a cidade nos arredores de Kiev onde as autoridades ucranianas e ocidentais alegam terem sido cometidos crimes de guerra e homicídios de civis, estimando-se que tenham morrido cerca de 350 pessoas.

Omurbekov e vários outros estão sujeitos a proibição de viagem e congelamento de bens.

As autoridades britânicas também alargaram a lista de sanções a indivíduos e empresas que apoiam a invasão russa da Ucrânia incluindo Oleg Belozyorov, presidente da empresa de logística Russian Railways, e fornecedores e fabricantes de armas russos, como a Kalashnikov Concern.

Neste grupo de pessoas estão ainda Ilya Kiva, deputado ucraniano expulso pelas suas posições pró-russas e que questionou a soberania e a independência da Ucrânia ao apoiar a invasão russa do país vizinho. 

No pacote de hoje estão mais 19 indivíduos e entidades sujeitos a sanções, alinhando a lista do Reino Unido com outros países do G7 (as sete maiores economias mundiais) e da União Europeia (UE).

"A depravação do ataque da Rússia ao povo da Ucrânia é clara para todos verem. Eles estão deliberadamente a atacar hospitais, escolas e terminais de transporte em Mariupol e noutros sítios, tal como fizeram na Chechénia e na Síria", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: AO MINUTO: Libertados 19 ucranianos; Mais de mil corpos em Kyiv

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