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Pentágono admite que Kiev recebeu apenas peças de aviões de combate

A Ucrânia recebeu peças de reposição de aviões de caça, para a sua força aérea, mas não aeronaves inteiras, admitiu hoje o porta-voz do Pentágono, John Kirby, corrigindo declarações do dia anterior.

Pentágono admite que Kiev recebeu apenas peças de aviões de combate
Notícias ao Minuto

20:05 - 20/04/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Eu tinha entendido que a oferta de outro país da região para fornecer aviões inteiros para a Ucrânia (...) tinha sido implementada. Não é o caso", disse o porta-voz, lamentando o "erro".

Na terça-feira, Kirby tinha dito que os ucranianos tinham "mais caças à sua disposição do que há duas semanas".

"Sem entrar em pormenores sobre o que outros países estão a fornecer, eu diria que eles receberam aeronaves adicionais e peças de reposição para aumentar a frota", disse o porta-voz do Pentágono, durante uma conferência de imprensa.

Após o envio de peças de artilharia Howitzer, anunciado na semana passada pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, este anúncio de envio de aviões de caça para a Ucrânia, no momento em que a Rússia acabava de lançar uma nova ofensiva no Donbass, parecia marcar um ponto de viragem na atitude dos países ocidentais.

"Eu estava errado. Eles não receberam aviões inteiros de outros países", reconheceu hoje Kirby.

"Dito isso, os ucranianos receberam (...) peças de reposição e equipamentos adicionais suficientes para tornar operacionais mais aviões", explicou o porta-voz.

Um alto funcionário do Pentágono disse mais tarde que as peças sobressalentes permitiram à Força Aérea Ucraniana reformar "mais de 20 aviões de combate".

Desde o início do conflito, Kiev tem pedido aviões Mig-29, de fabrico russo, que apenas alguns poucos países da Europa Oriental possuem, alegando que são esses os que os seus pilotos melhor conseguem pilotar.

A Polónia propôs a transferência desses aviões, a partir de uma base norte-americana, no início de março, mas os Estados Unidos opuseram-se, temendo que a Rússia pudesse ver nesse gesto um envolvimento direto da NATO no conflito.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou quase dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de cinco milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Força Aérea ucraniana foi reforçada com caças e peças de reposição

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