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México nacionaliza explorações de lítio

O parlamento mexicano aprovou na terça-feira a nacionalização da futura exploração do lítio no país, onde, segundo peritos, não são ainda conhecidas as verdadeiras reservas deste mineral, essencial para as baterias elétricas.

México nacionaliza explorações de lítio
Notícias ao Minuto

06:25 - 20/04/22 por Lusa

Mundo Reservas

A maioria do partido do Presidente Andrés Manuel Lopez Obrador aprovou no Senado uma lei que proíbe qualquer nova concessão mineira de lítio, que foi declarado "património da nação".

O presidente do Senado, Ricardo Monreal, e o partido que apoia o governo, o Movimento para a Regeneração Nacional (Morena), saudaram a votação, e falaram num "dia histórico" para o México.

A lei já tinha sido aprovada no dia anterior na Câmara dos Deputados.

Entre as duas votações, o chefe de Estado disse que o seu governo iria "rever" as concessões já aprovadas, numa referência aos 150.000 hectares concedidos pelo antecessor, Enrique Peña Nieto (2012-2018).

Uma empresa de capitais chineses, Bacanora, indica no seu 'site' que possui "dez concessões mineiras", cobrindo "cerca de 100.000 hectares" no estado norte de Sonora, e menciona um depósito de 8,8 milhões de toneladas.

"Ainda não há informação sobre a quantidade de lítio que existe. Não é certo que tenhamos um volume de lítio do qual possamos beneficiar", disse Jaime Gutiérrez, presidente da Câmara Mexicana de Minas, frisando que a reforma "não era necessária" e que criou "muita incerteza" para os investidores no setor mineiro.

Austrália, Chile, Argentina e China são os principais produtores de lítio do mundo. A Austrália terá produzido pelo menos 42.000 toneladas em 2019, de acordo com estatísticas da indústria.

Em Portugal, o Ministério do Ambiente e Ação Climática anunciou em fevereiro que uma avaliação ambiental viabilizou a pesquisa e prospeção de lítio em seis zonas, apesar da oposição de movimentos cívicos.

A votação sobre a lei do lítio no México chega dois dias depois de o Presidente ter sido derrotado numa votação na Câmara dos Deputados sobre política energética.

Os deputados rejeitaram uma proposta de reforma constitucional para reforçar o setor público no mercado da eletricidade.

Com 275 votos, o partido Morena e os seus aliados não reuniram qualquer outro apoio para alcançar o limiar da maioria qualificada de dois terços (334).

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