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Morreu um dos militares envolvidos na morte de civis no leste da RDCongo

Um militar da República Democrática do Congo (RDCongo), autor da morte de sete civis no nordeste do país na segunda-feira, foi encontrado morto hoje de manhã, após uma tentativa de linchamento, disse hoje um líder da sociedade civil.

Morreu um dos militares envolvidos na morte de civis no leste da RDCongo
Notícias ao Minuto

17:01 - 19/04/22 por Lusa

Mundo RDCongo

Conforme explicou por telefone à agência espanhola Efe Santos Kitandala, presidente da sociedade civil do território Fizi, na província do Kivu do Sul, o soldado matou sete pessoas e feriu outras 12 no porto de Kazimiya "quando estava prestes a embarcar com outros passageiros, mas não há informações sobre o que o motivou a cometer o crime".

Depois de ter tentado escapar, o militar foi alvo de uma tentativa de linchamento, tendo ficado gravemente ferido, acrescentou Kitandala.

Segundo disse à agência Efe o porta-voz do Exército nesta região do Kivu do Sul, tenente Marc Elongo, o incidente ocorreu segunda-feira cerca das 13:00 locais (mesma hora em Lisboa) e o soldado, pertencente ao 22.º batalhão de fuzileiros navais, estava embriagado.

"Ele tentou fugir, mas foi rapidamente apanhado pela população, que o espancou. Conseguimos detê-lo e ficou detido, sucumbindo aos ferimentos que sofreu", acrescentou Elongo, que assegurou que a situação no terreno voltou a acalmar.

O incidente de Fizi seguiu-se a outro semelhante, ocorrido domingo, e que envolveu igualmente um militar embriagado, que matou primeiro o guarda-costas de um coronel, o próprio coronel e depois cinco civis em Bambu, aldeia do território de Djugu, região frequentemente palco de confrontos armados.

A aldeia "acordou domingo de manhã com tiros e pensámos que se tratava de um ataque", disse Claude Mateso, chefe do setor Walendu Djatsi.

Mas, segundo o dirigente local, tratou-se de um soldado a quem os seus camaradas haviam tirado a sua arma na noite anterior porque estava embriagado e que voltou para a recuperar.

O atirador acabou por ser morto por outro soldado que o perseguia.

Desde 1998 que o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército governamental, apesar da presença da missão das Nações Unidas (MONUSCO), com mais de 14.000 efetivos.

A ausência de alternativas estáveis e de métodos de subsistência tem levado milhares de civis a pegar em armas e, segundo o 'think tank' Barómetro de Segurança Kivu, a região é um campo de batalha para pelo menos 122 grupos.

Leia Também: Dois militares alegadamente embriagados mataram 15 pessoas na RDCongo

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