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Com escalada dos ataques, Ucrânia exige corredor humanitário em Mariupol

Caso o pedido seja recusado, a vice-primeira-ministra ucraniana alertou que, futuro, será "uma base para levar os envolvidos a processar [a Rússia] por crimes de guerra".

Com escalada dos ataques, Ucrânia exige corredor humanitário em Mariupol
Notícias ao Minuto

15:05 - 18/04/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Horas depois de ter sido anunciado que esta segunda-feira não seriam abertos corredores humanitários na Ucrânia devido à falta de segurança, a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, apelou à Federação Russa para que permita a abertura de um corredor humanitário a partir da cidade sitiada de Mariupol, assim como da central siderúrgica de Azovstal.

“Exigimos a abertura de um corredor humanitário de Mariupol a Berdyansk para os civis”, começou por dizer a responsável, numa publicação nas redes sociais, justificando a “escalada da situação” no local.

Vereshchuk apelou ainda à abertura de “um corredor humanitário urgente no território da central Azovstal para mulheres, crianças e outros civis”.

Caso o pedido seja recusado, a vice-primeira-ministra ucraniana alertou que, futuro, será “uma base para levar os envolvidos a processar [a Rússia] por crimes de guerra”.

Após "negociações longas e difíceis" com as forças russas este domingo, no sentido de conseguir a reabertura de corredores humanitários, sobretudo para Mariupol, a responsável anunciou, também a partir das redes sociais, que nenhum corredor humanitário seria aberto esta segunda-feira pelo segundo dia consecutivo devido à falta de segurança, uma vez que os russos continuam a quebrar “o direito internacional humanitário", não parando de “bloquear e bombardear as rotas". Prometeu, contudo, tudo fazer para que os corredores “funcionem novamente o mais rapidamente possível”.

As negociações também não conseguiram alcançar um acordo para a retirada de civis em locais como Berdyansk, Tokmak, Energodar, na região ocupada de Kherson e na região pró-russa de Lugansk, palco de ataques das forças russas.

Sem comida, água potável ou aquecimento, cerca de 120 mil civis permanecem encurralados em Mariupol, uma das cidades mais afetadas pelo conflito. As autoridades locais estimam ainda que pelo menos 20 mil residentes tenham morrido desde o início da invasão russa.

Esta segunda-feira, a Ucrânia rejeitou categoricamente o ultimato para a rendição dos militares que ainda resistem na cidade sitiada, cujas vidas o exército russo prometia poupar se depusessem as armas.

Recorde-se que a cidade portuária é um ponto estratégico para os interesses de Moscovo, uma vez que a sua ocupação permitiria às tropas russas ligar a região de Donbass com a península da Crimeia. Também deixaria a Ucrânia sem um porto no Mar de Azov, permitindo que a Rússia aumentasse a sua ofensiva a partir do sul do país.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já causou quase duas mil vítimas mortais, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, mais de 12 milhões de pessoas terão fugido, cinco milhões das quais para os países vizinhos.

A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição de sanções que atingem praticamente todos os setores da economia russa.

Leia Também: Prédio que sobreviveu a duas guerras mundiais cedeu à invasão russa

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