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Irão adverte Israel sobre qualquer ação contra o país, ameaçando retaliar

O Presidente iraniano, Ebrahim Raissi, advertiu hoje Israel sobre "a mais pequena ação" que possa tomar contra o Irão, durante um discurso aos militares por ocasião do Dia do Exército, em Teerão.

Irão adverte Israel sobre qualquer ação contra o país, ameaçando retaliar
Notícias ao Minuto

10:38 - 18/04/22 por Lusa

Mundo Exército

"Saibam que se tomarem a mais pequena ação contra a nação iraniana, o alvo das nossas forças armadas será o coração do regime sionista [Israel] (...). As nossas forças não vos deixarão em paz", declarou Raissi.

O Presidente iraniano tinha alertado na quinta-feira que o Irão não permitiria que um dos seus principais inimigos, Israel, colocasse em risco a segurança da região por intermédio de qualquer outro país, incluindo o Iraque.

Em março, o Irão disparou uma dúzia de mísseis balísticos sobre Erbil, capital da região autónoma do Curdistão iraquiano, provocando ferimentos ligeiros em dois civis.

A Guarda Revolucionária, o exército ideológico do Irão, confirmou o disparo dos projéteis, dizendo que o ataque teve como alvo um "centro estratégico" utilizado por Israel.

O governador de Erbil, Oumid Khouchnaw, declarou que "não tem fundamento" a possível existência de centros israelitas dentro e em redor de Erbil, referindo que ainda "não existem tais centros estratégicos israelitas na região".

"Saibam que o grande poder de nossas forças armadas não vos deixará em paz", insistiu hoje Raissi, referindo-se ao Estado hebreu.

Teerão anunciou no final de janeiro a sua intenção de parar de usar o complexo de Tesa, em Karaj, a oeste da capital, alvo no verão de 2021 de um ataque atribuído pelos iranianos a Israel.

Na quinta-feira, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) disse ter sido informada pelo Irão sobre o arranque de uma nova instalação para fabricação de componentes para centrifugadoras em Natanz (centro), o principal local de enriquecimento de urânio do país.

As negociações em Viena entre o Irão e a Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China, com a participação indireta dos Estados Unidos, para restauração do pacto nuclear internacional de 2015, estão paradas desde meados de março.

Depois de quase um ano de diálogo, tudo parecia indicar que o acordo estava prestes a ser fechado, mas primeiro surgiram exigências russas e agora parece haver diferenças inconciliáveis entre Teerão e Washington.

Nas últimas semanas, o Irão reiterou várias vezes que o levantamento das sanções contra a Guarda Revolucionária é um dos pontos mais importantes para fechar um acordo.

O acordo nuclear de 2015 previa limitações ao programa atómico iraniano em troca do levantamento de sanções, mas em 2018 o então Presidente dos EUA, Donald Trump, abandonou-o unilateralmente e reimpôs sanções ao Irão. Teerão respondeu um ano depois, aumentando os seus esforços nucleares em violação dos limites determinados no pacto.

Israel, que sempre se opôs ao acordo internacional sobre o programa nuclear iraniano, está contra as tentativas de recuperar o pacto assinado em 2015 em Viena.

Leia Também: Iraque convoca representante sueco "queima do Corão" pela extrema-direita

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