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Este projeto quer melhorar a resistência dos recifes de coral em risco

A UNESCO criou um plano de emergência para reforçar a resistência dos recifes de coral inscritos na Lista do Património Mundial, que correm o risco de desaparecer até ao final do século, revelou esta quarta-feira o organismo da ONU.

Este projeto quer melhorar a resistência dos recifes de coral em risco
Notícias ao Minuto

06:40 - 14/04/22 por Lusa

Mundo UNESCO

A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) explicou que a iniciativa procura permitir o máximo de hipóteses de sobrevivência a estes locais.

Audrey Azoulay pediu também uma mobilização por parte da comunidade internacional para evitar a extinção dos recifes de coral, referiu em comunicado a organização das Nações Unidas.

O trabalho da UNESCO, em parceria com o Fundo Global para Recifes de Coral (GFCR), irá concentrar-se na redução dos fatores de degradação locais, fortalecendo a gestão sustentável das áreas marinhas e apoiando as comunidades locais.

Este fundo foi lançado em 2020 pela ONU, a Fundação da Família de Paul G. Allen e a Fundação Príncipe Alberto do Mónaco, com o apoio da International Coral Reef Initiative (ICRI), para mobilizar 625 milhões de dólares (cerca de 575 milhões de euros) até 2030.

Os recifes que integram a lista de Património da Humanidade cobrem mais de meio milhão de quilómetros quadrados em todo o mundo, o equivalente ao tamanho de França.

Estes apresentam uma biodiversidade excecional, desempenham um papel fundamental na absorção das emissões de carbono e protegem as costas das tempestades e da erosão.

Mais de uma centena de comunidades indígenas dependem diariamente deles para sobreviver.

Além disso, estas áreas servem como pontos de referência sobre os impactos das mudanças climáticas que afetam os recifes do resto do mundo.

Segundo a UNESCO, os dados científicos sobre o seu estado são muito alarmantes, visto que os recifes estão a clarear muito mais rápido do que o previsto e que, uma vez "embranquecidos", são muito vulneráveis a doenças e têm uma taxa de mortalidade mais elevada.

"O aquecimento global significa que as práticas locais de conservação deixaram de ser suficientes para proteger os ecossistemas de recifes mais importantes do mundo. Mas após o branqueamento, um recife saudável e resiliente pode regenerar-se e sobreviver", realçou Fanny Douvere, responsável do Programa Marinho da UNESCO.

Esta nova iniciativa irá basear-se no projeto Resilient Reef lançado pela UNESCO e parceiros em 2018 e que nos últimos quatro anos trabalhou em locais piloto de recifes que integram o Património Mundial na Austrália, Belize, Nova Caledónia (França) e Palau.

Leia Também: Cerca de 14% dos corais do mundo desapareceram entre 2009 e 2018

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