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Ucrânia. "Não é uma guerra, é terrorismo", denuncia PR polaco em Kyiv

O presidente polaco, Andrzej Duda, declarou na quarta-feira, em visita a Kyiv, que a Rússia não está a travar uma simples guerra na Ucrânia, mas é culpada de "terrorismo" e "crueldade".

Ucrânia. "Não é uma guerra, é terrorismo", denuncia PR polaco em Kyiv
Notícias ao Minuto

23:40 - 13/04/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Não é uma guerra, é terrorismo. Se alguém envia aviões e soldados para bombardear zonas residenciais e matar civis, não é guerra", sustentou Duda numa conferência de imprensa conjunta com os seus homólogos ucraniano, letão, lituano e estónio.

"É crueldade, banditismo, terrorismo - é essa a natureza da agressão russa à Ucrânia, que nunca iremos aceitar", acrescentou.

Duda e os Presidentes dos três Estados bálticos foram recebidos em Kyiv pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para um "almoço de trabalho", depois de se terem deslocado a Borodianka, uma pequena cidade próxima da capital, pilhada e destruída pelos soldados russos.

"É um local onde vimos o lado negro da humanidade. Atrocidades tais só podem ter sido cometidas por 'zombies', não por humanos", disse, por sua vez, o Presidente lituano, Gitanas Nauseda, na mesma conferência de imprensa.

"Vimos com os nossos próprios olhos as atrocidades cometidas pelos russos na Ucrânia, não muito longe de Kyiv, e não há qualquer dúvida de que cometeram crimes de guerra e que devem ser responsabilizados", acrescentou o seu homólogo letão, Egils Levits.

Antes de viajarem para Kyiv, os quatro chefes de Estado reuniram-se na terça-feira à noite, perto da fronteira ucraniana, em Rzeszow, no sudeste da Polónia, para uma cimeira especial destinada a expressar solidariedade com a Ucrânia.

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier declarou que planeava deslocar-se à Ucrânia com os quatro chefes de Estado, mas a sua presença foi rejeitada pelo Governo ucraniano.

Zelensky afirmou hoje não ter recebido qualquer pedido "oficial" da parte de Berlim para tal visita e disse que preferia estar "entre aqueles que apoiam verdadeiramente a Ucrânia, entre verdadeiros amigos".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, mais de 4,6 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 49.º dia, causou um número ainda por determinar de mortos civis e militares e, embora admitindo que os números reais são muito mais elevados, a organização confirmou hoje pelo menos 1.932 mortos, incluindo 157 crianças, e 2.589 feridos entre a população civil.

Leia Também: Recusa de Macron em condenar "genocídio" na Ucrânia é "muito dolorosa"

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