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Praga quer cessar importações de petróleo russo durante presidência da UE

A República Checa assegurou hoje que a interrupção das importações de petróleo russo será uma das prioridades durante a sua presidência do Conselho da União Europeia (UE), que se inicia no segundo semestre de 2022.

Praga quer cessar importações de petróleo russo durante presidência da UE
Notícias ao Minuto

14:19 - 12/04/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

"Na nossa presidência queremos interromper as importações de petróleo da Rússia", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, em conferência de imprensa após uma reunião no castelo de Stirin, nos arredores de Praga, com os seus homólogos da Áustria, Eslováquia, Eslovénia e Hungria.

"A Europa e todo o mundo enfrenta uma guerra sem precedentes", afirmou o político checo do Partido Pirata (progressista), um dos motivos pelo qual justificou a medida económica para sancionar Moscovo, que denunciou como responsável de "um ataque à ordem internacional".

A agenda deste encontro dos ministros da Central 5 (C5), como se designa esta plataforma informal de países centro-europeus, esteve dominada pelo conflito na Ucrânia, apesar de também ter sido abordada a situação da pandemia de covid-19, em acentuado recuo nestes países, e a iminente presidência checa do bloco de 27, que arranca no próximo mês de julho.

A guerra na Ucrânia e os mais de quatro milhões de pessoas que saíram do território ucraniano em fuga, e a reconstrução do país, vão constituir as prioridades da presidência checa do Conselho da UE no segundo semestre de 2022.

A República Checa acolheu mais de 300.000 pessoas vindas da Ucrânia, metade das quais menores, e conseguiu escolarizar cerca de 30.000.

Para além da gestão dos refugiados, e segundo Lipavsky, Praga vai centrar a sua presidência na redução da dependência energética da Rússia e em temas de segurança, incluindo o combate às ameaças híbridas e o apoio à liberdade dos 'media'.

Lipavsky também abordou a criação de um fundo pós-conflito para a reconstrução da Ucrânia, e que deverá implicar uma "conferência de doadores".

Por sua vez, o seu homólogo austríaco, Alexander Schallenberg, sublinhou que a agressão russa à Ucrânia "afeta a (nossa) segurança e toda a arquitetura de segurança da UE".

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 48.º dia, provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares.

A ONU confirmou a morte de 1.842 civis até domingo, incluindo 148 crianças, mas alertou que os números reais "são consideravelmente mais elevados".

A guerra levou também à fuga de mais 11 milhões de pessoas, incluindo 4,6 milhões para países vizinhos, naquela que é considerada a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária devido à guerra na Ucrânia.

A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kiev.

Leia Também: Ucrânia. Três deputados alemães encontram-se com deputados ucranianos

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