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Rússia reclama morte de 50 militares ucranianos em fuga de Mariupol

As forças armadas russas reivindicaram hoje a morte de pelo menos 50 soldados ucranianos que, segundo Moscovo, tentaram fugir da cidade sitiada de Mariupol, no leste da Ucrânia.

Rússia reclama morte de 50 militares ucranianos em fuga de Mariupol
Notícias ao Minuto

10:57 - 12/04/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, disse que os ucranianos integravam um grupo de cerca de 100 militares que foram cercados perto da fábrica de Ilyich e que tentaram sair da cidade em veículos blindados na segunda-feira à noite.

As forças russas realizaram ataques aéreos e de artilharia contra a coluna militar ucraniana, disse Konashenkov no seu encontro diário com a imprensa, em Moscovo, citado pela agência espanhola EFE.

"Esta tentativa inovadora foi frustrada por ataques aéreos e de artilharia. Três tanques ucranianos, cinco veículos de combate de infantaria, sete veículos e até 50 tropas foram destruídos. Outros 42 militares ucranianos depuseram voluntariamente as armas e renderam-se", disse Konashenkov.

A cidade portuária de Mariupol situa-se na região separatista de Donetsk, cuja independência foi reconhecida pela Rússia na véspera de invadir a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

O porta-voz russo não aludiu às alegações da câmara de Mariupol e do batalhão Azov de que a Rússia usou um 'drone' (aparelho não tripulado) para lançar um agente químico indeterminado contra militares e civis na fábrica local Azovstal, onde os defensores ucranianos estão entrincheirados.

As autoridades ucranianas, que não apresentaram provas do alegado uso de armas químicas, disseram que o ataque, na segunda-feira, não provocou ferimentos graves.

Um porta-voz dos separatistas ucranianos apoiados por Moscovo, Eduard Basurin, disse hoje à agência russa Interfax que as suas forças "não utilizaram nenhuma arma química em Mariupol", segundo a agência norte-americana Associated Press (AP).

Basurin tinha afirmado à televisão estatal russa, na segunda-feira, que os separatistas usariam o que denominou por "tropas químicas" contra os soldados ucranianos escondidos numa gigantesca fábrica de aço em Mariupol para os "expulsar de lá".

De acordo com o Instituto de Estudos de Guerra, com sede nos Estados Unidos, a posição dos defensores de Mariupol está dividida em dois, com um grupo na fábrica Azovstal, no leste da cidade, e outro no porto, no sudoeste.

Na segunda-feira, os separatistas russos em Donetsk começaram por afirmar que tinham tomado 80% do porto de Mariupol e, depois, que estava sob o seu "controlo total", mas a informação carece de verificação independente.

O comandante-chefe das Forças Armadas Ucranianas, Valery Zaluzhny, escreveu na rede social Facebook, na segunda-feira, que a defesa de Mariupol continua e que está a ser feito "tudo o que é possível e impossível" para "salvar vidas de militares e civis".

De acordo com os pró-russos de Donetsk, as forças russas e as milícias separatistas treinaram grupos de assalto para neutralizar formações ucranianas na fábrica Azovstal.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 48.º dia, provocou um número ainda por determinar de baixas civis e militares.

A ONU confirmou a morte de 1.842 civis até domingo, incluindo 148 crianças, mas alertou que os números reais "são consideravelmente mais elevados".

A guerra levou também mais 11 milhões de pessoas a fugir de casa, incluindo 4,5 milhões que se refugiram nos países vizinhos, naquela que é considerada a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kyiv.

Leia Também: Tanque russo destrói Cáritas em Mariupol e mata sete pessoas

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