Seis destas raias manta foram marcadas com dispositivos acústicos que irão transmitir dados para recetores instalados em diferentes pontos do arquipélago e da região, durante cinco anos.
As quatro restantes foram marcadas com dispositivos que vão gerar informações via satélite, em tempo real, sobre os movimentos desta espécie nos próximos meses, salientou o PNG, citado pela agência EFE.
Os dois sistemas de monotorização irão ajudar a seguir as raias manta na reserva marinha das Ilhas Galápagos, no Equador.
O projeto está a ser desenvolvido por cinco cientistas e técnicos do DPNG, da Universidade San Francisco de Quito e da Fundación Megafauna Marina del Ecuador, que realizaram uma expedição ao sul e leste da Ilha Isabela.
A expedição permitiu ainda identificar dois importantes locais de concentração desta espécie, que passará a estar monitorizada continuadamente.
Para o diretor do PNG, Danny Rueda, é importante conhecer as principais áreas de concentração, a abundância populacional, os padrões de migração e a conectividade desta espécie a nível local e regional.
"Esta informação vai permitir-nos desenvolver estratégias de conservação e gestão das raias manta, uma vez que algumas espécies estão classificadas como ameaçadas de extinção na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN)", sublinhou.
A equipa de investigadores recolheu amostras de três espécies de raias para comprar com outras populações que habitam a região.
Foi ainda aplicada a técnica de foto-identificação de espécies, que consiste na captura de uma imagem do ventre da raia manta que possui um padrão de cor único.
A imagem é carregada para uma plataforma onde pode ser comparada com outras fotografias tiradas em outras partes do mundo e assim determinar o alcance de distribuição.
O arquipélago de Galápagos, formado por treze grandes ilhas, seis menores e 42 ilhotas, está localizado no oceano Pacífico, cerca de mil quilómetros a oeste das costas continentais do Equador, e foi declarado património da humanidade pela UNESCO em 1978.
Devido à sua rica biodiversidade, é considerado um laboratório natural, o que permitiu ao cientista inglês Charles Darwin (1809-1882) desenvolver a sua teoria sobre a evolução e seleção natural das espécies.
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