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Projeto +Emprego vai abranger mais 200 jovens em Cabo Delgado

Mais 200 jovens da província de Cabo Delgado vão beneficiar de formação, no âmbito de uma iniciativa da Embaixada de Portugal em Maputo que visa criar oportunidades para a juventude afetada pelo terrorismo no Norte de Moçambique.

Projeto +Emprego vai abranger mais 200 jovens em Cabo Delgado
Notícias ao Minuto

12:42 - 11/04/22 por Lusa

Mundo Moçambique

A iniciativa, designada +Emprego, pretende "aumentar as oportunidades económicas da população da província, em particular dos jovens, contribuindo para a melhoria do acesso ao trabalho decente e do seu rendimento em atividades direta ou indiretamente relacionadas com a indústria do gás natural", refere um comunicado da Embaixada de Portugal em Maputo divulgado hoje.

O projeto, lançado em 2020, é financiado pela União Europeia num montante não especificado e conta também com o apoio da Fundação Aga Khan, sendo aplicado pelo Camões.

O acordo para esta fase do projeto vai ser assinado na terça-feira em Maputo, num evento que contará com a presença dos embaixadores de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, e da União Europeia em Moçambique, António Benedito Sánchez.

A iniciativa, que vai decorrer até dezembro de 2024, pretende também capacitar os jovens abrangidos em matérias ligadas à elaboração de planos e gestão básica de negócios, na ambição de "proporcionar às populações acesso às oportunidades geradas pelos investimentos no setor do gás natural".

A província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O desemprego e a falta de oportunidades - nomeadamente nos investimentos emergentes ligados ao gás - têm sido apontados por diversos observadores como algumas das causas de recrutamento de jovens de Cabo Delgado para os grupos rebeldes.

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.

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