Comité bilateral militar 5+5 dissolvido por críticas a primeiro-ministro
Representantes do Exército Nacional Líbio anunciaram hoje a dissolução do comité bilateral militar 5+5, o único órgão que reunia à mesma mesa responsáveis dos dois antigos governos rivais, criticando a ação do primeiro-ministro interino, noticia a Efe.
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Mundo Líbia
A suspensão deste órgão representa uma escalada perigosa numa altura em que o país está mais uma vez divido entre o Governo de Trípoli, liderado por Abdel Hamid Dbeibeh, e o de Fathi Bashaga, nomeado chefe do Governo pela Câmara dos Representantes, sediada na cidade oriental de Tobruk.
Em conferência de imprensa, os comandantes apelaram ao encerramento de instalações petrolíferas e de rotas que ligam o leste e o oeste, pontos chave para a unificação da Líbia
O comité bilateral militar 5-+5, o único que reúne à mesma mesa responsáveis dos dois governos rivais, concordou em novembro suspender as operações militares, reabrir as principais rotas comerciais, expulsar os mercenários estrangeiros que apoiam ambas as partes e suspender todos os acordos de cooperação com outros países, condições que ainda não foram cumpridas.
Em 22 de março, os membros do comité militar que representa o leste exigiram a reabertura do espaço aéreo, considerando que foi encerrado por Dbeidah, por razões políticas, e fizeram um ultimato para o pagamento dos salários do Exército Nacional líbio.
Entretanto, a conselheira especial das Nações Unidas para a Líbia, Stephanie Williams, afirmou esta semana que a ONU não tomará uma posição sobre o reconhecimento de um governo ou de outro e, até agora, mantém contactos com ambos os executivos a quem transmitiu a urgência de realizar eleições o mais rapidamente possível.
A Líbia, que possui as reservas de petróleo mais importantes no continente africano, é um país imerso num caos político e securitário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.
A guerra civil na Líbia registou uma importante intervenção de países estrangeiros, com a Turquia, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Rússia ou França envolvidos no apoio às distintas fações em conflito, e em diversas ocasiões com ajuda militar direta.
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