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Autarca de Mariupol diz que há cinco mil civis mortos na cidade sob cerco

Cidade portuária é atacada pelos russos diariamente há mais de um mês.

Autarca de Mariupol diz que há cinco mil civis mortos na cidade sob cerco
Notícias ao Minuto

21:22 - 06/04/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

O autarca de Mariupol contou esta quarta-feira que foram mortos mais de cinco mil civis na importante cidade portuária ucraniana, numa altura em que a saída de civis através de missões humanitárias torna-se cada vez mais difícil.

Mariupol é uma das cidades mais atingidas e destruídas pela invasão russa. Os russos bombardeiam e cercam a cidade há mais de um mês, e falta comida e água para alimentar as dezenas de milhares de pessoas ainda presas pelo cerco.

Citado pela Associated Press, Vadym Boichenko acrescentou que, entre os cinco mil mortos, há pelo menos 210 crianças e mais de 90% das infraestruturas da cidade foram completamente destruídas.

Ao longo da guerra, Mariupol tornou-se num dos palcos mais intensos, e um local onde as acusações de crimes de guerra contra as forças russas ganharam mais alento, depois de bombardeamentos a uma maternidade e a um teatro com mil pessoas no interior.

Boichenko também explicou que o cerco russo se estende ao mar de Azov, que banha Mariupol, pelo que a ajuda humanitária também não consegue chegar por barco.

Esta quarta-feira, a Cruz Vermelha Internacional conseguiu finalmente entrar em Mariupol e resgatar cerca de 500 pessoas, depois da missão ter passado dias travada às portas da cidade pelas tropas russas, que acabaram por distribuir ajuda e alimentos pela população.

A Associated Press avança, citando fontes no ministério da Defesa do Reino Unido, que cerca de 160 mil pessoas continuam presas em Mariupol.

A captura de Mariupol, com a ajuda das forças chechenas, e também russas que estavam estacionadas na Geórgia, seria muito importante para a Rússia, pois permitiria a criação de uma passagem terrestre entre o território russo e a Crimeia, que foi anexada pelo Kremlin em 2014.

Apesar do massacre em Bucha ter sido o foco das condenações por parte de quase todo o mundo, com imagens de corpos nas ruas e em valas comuns a dominarem as redes sociais e as notícias, as autoridades ucranianas alertaram que o cenário em Mariupol poderá ser ainda mais devastador.

Os dados da Organização das Nações Unidas dão conta de pelo menos 1.500 mortos civis desde o início da guerra, mas a organização assinala que o número real de mortos poderá ser muito maior, depois de contabilizados os mortos em cidades bombardeadas e cercadas pelos russos.

Leia Também: Ucrânia. Cerca de 500 civis fugiram de Mariupol em meios próprios

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