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EUA pedem esta semana suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos

Os Estados Unidos vão pedir ainda esta semana a "suspensão" da Rússia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, depois de dezenas de cadáveres de civis terem sido encontrados na cidade ucraniana de Bucha.

EUA pedem esta semana suspensão da Rússia do Conselho de Direitos Humanos
Notícias ao Minuto

06:17 - 05/04/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

A embaixadora norte-americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse na segunda-feira à NPR que os EUA pensam pedir uma votação "o mais rápido possível nesta semana e possivelmente já na quinta-feira".

A Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, tem a palavra final, e qualquer resolução para retirar à Rússia os seus direitos como membro do Conselho de Direitos Humanos da ONU exigiria o apoio de dois terços dos 193 países membros.

Thomas-Greenfield disse que a sua mensagem foi simples para os 140 membros da Assembleia Geral que votaram em março para condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia: "As imagens de Bucha e a devastação em toda a Ucrânia exigem que agora juntemos ações às nossas palavras".

"Não podemos deixar que um Estado-membro que está a subverter todos os princípios que consideramos sagrados continue a fazer parte do Conselho de Direitos Humanos da ONU", disse ela.

A Rússia e os outros quatro membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU -- Reino Unido, China, França e Estados Unidos -- estão atualmente entre os 47 membros do Conselho de Direitos Humanos.

Em Nova Iorque, a porta-voz da Assembleia Geral da ONU, Paulina Kubiak, disse na segunda-feira que ainda não recebeu qualquer pedido de reunião sobre o assunto.

O embaixador da Rússia na Suíça, Gennady Gatilov, reagiu acusando os EUA de "explorar a crise ucraniana para seu próprio benefício numa tentativa de excluir ou suspender a Rússia de organizações internacionais".

O único país a perder os direitos de membro do Conselho de Direitos Humanos foi a Líbia em 2011, quando uma revolta derrubou Moammar Kadafi, lembrou o porta-voz do conselho, Rolando Gomez.

Referindo-se à Assembleia Geral da ONU, Gatilov disse, em comentários divulgados por um porta-voz da missão diplomática russa, que o esforço dos EUA "dificilmente será apoiado pela maioria dos estados-membros".

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.430 civis, incluindo 121 crianças, e feriu 2.097, entre os quais 178 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de dez milhões de pessoas, das quais 4,1 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Parlamento russo recebe projeto para penalizar sanções estrangeiras

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