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Assinado acordo militar fundamental para acordo de paz no Sudão do Sul

Após mediação do vizinho Sudão, noticia a AFP.

Assinado acordo militar fundamental para acordo de paz no Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

16:06 - 03/04/22 por Lusa

Mundo Conflito

Os líderes rivais do Sudão do Sul assinaram hoje um acordo que regulamenta uma disposição militar chave do frágil acordo de paz celebrado em 2018, após mediação do vizinho Sudão, segundo a agência AFP.


Os dois lados - o Presidente Salva Kiir e o vice-Presidente Riek Machar - concordaram em formar um comando unificado das forças armadas, uma das várias questões não resolvidas que bloqueavam a implementação do pacto de 2018 para pôr fim a cinco anos de guerra civil.

"A paz é uma questão de segurança e hoje (alcançámos) um marco importante", disse Martin Abucha, que assinou o acordo em nome do partido de oposição de Machar, o SPLM/A-IO.

"Trata-se de informar todos que somos pela paz e que todos temos de trabalhar pela paz", acrescentou Tut Gatluak, conselheiro de segurança do Presidente Kiir.

As tensões entre as forças leais a Kiir e o antigo líder rebelde Riek Machar aumentaram recentemente, suscitando receios internacionais de um regresso a um conflito em grande escala na nação mais jovem do mundo.

Os dois homens fortes estiveram presentes na cerimónia de assinatura do acordo na capital Juba, que prevê uma divisão - 60% para o campo do presidente e 40% para Machar - em posições de liderança no exército, na polícia e nas forças de segurança nacional.

Mohamed Hamdan Daglo, atualmente número dois no conselho governamental sudanês, após o golpe de 25 de outubro em Cartum, chegou a Juba na sexta-feira para tentar encontrar soluções no âmbito das disposições de segurança do acordo de paz.

Esta mediação ajudou a alcançar um consenso, enquanto Kiir tinha emitido um decreto presidencial, a 25 de março, sobre a formação da estrutura de comando, rapidamente rejeitada pelo Sr. Machar, denunciando uma iniciativa "unilateral".

Desde a independência do Sudão do Sul, em 2011, o país tem sido flagelado pela violência político e étnica e pela instabilidade crónica, que o tem impedido de recuperar da guerra civil sangrenta que provocou quase 400.000 mortos e quatro milhões de deslocados entre 2013 e 2018.

Leia Também: Vice-presidente do Sudão do Sul alerta para retorno à guerra civil

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