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Autoridades ucranianas denunciam "massacre deliberado" em Busha

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, denunciou hoje um "massacre deliberado" na cidade de Busha, recapturada recentemente pelos ucranianos ao exército russo, onde muitos cadáveres foram descobertos.

Autoridades ucranianas denunciam "massacre deliberado" em Busha
Notícias ao Minuto

13:33 - 03/04/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"O massacre de Busha foi deliberado. Os russos querem eliminar o maior número possível de ucranianos. Devemos prendê-los e expulsá-los. Exijo novas sanções devastadoras do G7 AGORA", publicou o ministro na rede social Twitter.

"Região de Kiev. Inferno no século 21. Os corpos de homens e mulheres que foram mortos com as mãos amarradas. Os piores crimes do nazismo estão de volta à Europa. Isso foi feito deliberadamente pela Rússia", publicou o assessor da Presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, no Twitter.

Comparando Busha ao massacre de Srebrenica na Bósnia em 1995, Podoliak acusou o Ocidente de tentar "não provocar os russos" para evitar uma Terceira Guerra Mundial.

"Como resultado, o mundo viu um horror indescritível de desumanidade em Busha, Irpin, Gostomel. Centenas, milhares de pessoas mortas, dilaceradas, violadas, amarradas, violadas novamente e mortas novamente", afirmou Podoliak.

"Vocês ainda vão tentar virar as costas? Organizar outra cimeira para se preocuparem e balançarem a cabeça?", afirmou o assessor, dirigindo-se aos líderes europeus.

A responsáveis pelos direitos humanos do Parlamento ucraniano, Liudmila Denissova, por sua vez denunciou um "genocídio" e um "crime contra a humanidade", pedindo julgamentos e sentenças muito severas à "horda bárbara da Rússia".

As forças ucranianas só conseguiram penetrar completamente em Busha há alguns dias, ocupada pelos russos e permaneceu inacessível por quase um mês.

A agência e notícias AFP viu no sábado os corpos sem vida de pelo menos vinte homens com roupas civis numa rua de Busha. Um dos homens tinha as mãos amarradas e os corpos estavam espalhados por várias centenas de metros.

A causa de sua morte não pode ser determinada imediatamente, mas uma pessoa tinha um grande ferimento na cabeça, adiantam.

"Todas essas pessoas foram baleadas", "eles [os russos] mataram com uma bala na nuca", assegurou à AFP o autarca de Busha, Anatoly Fedorouk.

"Em Busha, já enterramos 280 pessoas em valas comuns" porque era impossível fazê-lo nos três cemitérios do município, todos ao alcance dos soldados russos, acrescentou Fedorouk.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, também denunciaram hoje os "atos revoltantes" e as "atrocidades" cometidas pelo Exército russo em Busha e na região de Kiev.

O ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, pediu hoje o reforço das sanções económicas contra a Rússia, após um "terrível crime de guerra" que ocorreu em Busha, na Ucrânia.

Os russos, ao se retirarem, deixam para trás "um desastre total e muitos perigos", declarou ainda o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Leia Também: Kremlin avisa que sanções põem em causa a fiabilidade do dólar e do euro

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