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Bulgária expulsa mais um diplomata russo por suspeita de espionagem

A Bulgária expulsou o primeiro secretário da embaixada russa, suspeito de estar envolvido num caso de espionagem naquele país, duas semanas depois de ter determinado a saída de dez diplomatas russos, revelou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros búlgaro.

Bulgária expulsa mais um diplomata russo por suspeita de espionagem
Notícias ao Minuto

23:53 - 01/04/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

O diplomata russo deve deixar o país em 72 horas, acrescentou o governo da Bulgária.

O Ministério Público da Bulgária abriu uma investigação contra o primeiro secretário da embaixada russa por "atividades de inteligência não regulamentadas, provavelmente em favor da Federação Russa", refere o comunicado, citado pela agência France-Presse (AFP).

No início do dia, o Ministério Público tinha revelado que está a investigar dois chefes de departamento da sua agência de contraespionagem e um outro funcionário estatal por suspeitas de que passavam informação à Rússia.

A investigação suspeita que os alegados espiões facilitavam informação a um intermediário, que posteriormente passava-a para diplomatas da embaixada russa na Bulgária.

O primeiro-ministro, Kiril Petkov, tinha afirmado na quinta-feira que estava a ser investigada uma "célula muito séria" de espiões russos a operar na Bulgária.

"Agentes russos na Bulgária trabalham para que não haja boas relações entre Sofia [capital da Bulgária] e Skopje [Macedónia do Norte]", apontou o chefe do Governo.

Desde 2020 que a Bulgária tem bloqueado as negociações de entrada na União Europeia da Macedónia do Norte, face a uma disputa em torno do idioma e passado comum daqueles dois países vizinhos.

Em alguns desses casos, os alegados espiões receberiam ajuda de antigos generais do Exército búlgaro, que lhes entregariam informação reservada a membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte] e da União Europeia.

Nos últimos três anos, a Bulgária expulsou 19 diplomatas russos acusados de espionagem, sendo que em 18 de março determinou a saída de dez.

Desde a invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro, ocorreram dezenas de deportações em países como Estados Unidos, Países Baixos, Irlanda e Polónia, nos países bálticos e no leste europeu.

Sofia convocou recentemente o seu embaixador em Moscovo para consultas, em protesto contra os comentários do representante da diplomacia russa na Bulgária sobre a guerra na Ucrânia.

O primeiro-ministro, Kiril Petkov, disse esperar que Moscou faça o mesmo, o que ainda não é o caso até agora.

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