"Os russos voltaram a usar hoje bombas de fósforo em Marinka [cidade que tinha 10 mil habitantes antes do início da guerra]", alertou o chefe da administração militar da região de Donetsk, Pavel Kyrylenko.
De acordo com Pavel Kyrylenko, foram identificados "uma dúzia de incêndios" provocados pelos projéteis e controlados pelos funcionários do Serviço Nacional de Situações de Emergência.
As bombas de fósforo são armas incendiárias cujo uso é proibido contra civis, mas não contra alvos militares, segundo uma convenção assinada em 1980 em Genebra (Suíça).
Na passada sexta-feira, a Rússia negou qualquer violação do direito internacional depois de ter sido repetidamente acusada pela Ucrânia de ter usado bombas de fósforo na invasão.
"As cidades de Georgievka, Novokalinovo e Otcheretino também foram bombardeadas", observou Pavel Kyrylenko, sem adiantar mais pormenores sobre as armas utilizadas.
"Não há nenhuma vítima a lamentar, mas várias casas ficaram danificadas", acrescentou.
Também foi realizado um ataque aéreo na aldeia de Slobojanske (nordeste), provocando a morte de uma mulher e do seu filho menor, anunciou o gabinete de imprensa da procuradoria regional de Kharkiv.
Foram ainda disparados mísseis contra uma fábrica em Novomoskovsk e depósito de petróleo em Dnipro (leste), salientou o chefe da administração militar da região, Valentyn Reznichenko, segundo o qual não houve vítimas.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.189 civis, incluindo 108 crianças, e feriu 1.901, entre os quais 142 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.
A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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