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Soldados russos desprotegidos levantaram poeiras radioativas em Chernobyl

Trabalhadores dizem que tropas russas entraram na 'Floresta Vermelha', no passado mês de fevereiro.

Soldados russos desprotegidos levantaram poeiras radioativas em Chernobyl
Notícias ao Minuto

21:16 - 28/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

Soldados russos conduziram veículos blindados, sem qualquer proteção, numa zona altamente tóxica denominada ‘Floresta Vermelha’, em Chernobyl, levantando nuvens de poeira radioativa, avança a Reuters, que cita trabalhadores locais. 

Segundo a mesma fonte, os soldados entraram sem qualquer equipamento anti-radiação, num ato “suicida”, uma vez que a poeira que inalaram irá causar radiação interna nos seus corpos.

Os trabalhadores em questão estavam de serviço quando as tropas russas entraram em Chernobyl no dia 24 de fevereiro e assumiram o controlo das instalações. Os homens alegam que tanques russos e outros veículos blindados entraram pela chamada ‘Floresta Vermelha’, uma zona onde as árvores ficaram vermelhas após o acidente de 1986 e que é a zona mais contaminada em redor da central. Um dos trabalhadores alegou ainda que um dos soldados com quem falou contou que nunca tinha ouvido falar da explosão.

A Reuters tentou contactar o Ministério da Defesa russo sobre estes comentários, mas não obteve resposta.

Recorde-se que, no dia 25 de fevereiro, a Ucrânia informou que tinha registado dados preocupantes de radiação na central nuclear de Chernobyl.

“Houve um aumento nos indicadores acima dos níveis de controle às 3.20 horas (00.20 horas em Lisboa)”, disse à AFP o vice-diretor do departamento ucraniano para questões de segurança em instalações nucleares, Alexander Grigorach.  

Contudo, Moscovo negou, assegurando que não havia necessidade de preocupação. 

“A radiação na área da central nuclear está em conformidade com a norma”,  afirmou Igor Konashenkov, porta-voz do ministério da Defesa russo.

Recorde-se que a Rússia lançou a 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo a ONU, já matou pelo menos 1.119 civis, incluindo 139 crianças. 

Leia Também: Chernobyl. Moscovo diz que níveis de radiação estão "estáveis" na Rússia

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