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Depois da Heineken, também a Carlsberg anuncia que deixará a Rússia

Ainda que lamente as "consequências desta decisão para os 8.400 funcionários na Rússia", a produtora encara a medida como "a coisa certa a fazer neste momento".

Depois da Heineken, também a Carlsberg anuncia que deixará a Rússia
Notícias ao Minuto

18:38 - 28/03/22 por Notícias ao Minuto

Economia Ucrânia/Rússia

Seguindo os passos da holandesa Heineken, a produtora de cerveja dinamarquesa Carlsberg anunciou esta segunda-feira que deixará os seus negócios na Rússia devido à invasão da Ucrânia. A empresa, detentora da Baltika Brewery, lamentou ainda as consequências da decisão para os seus "8.400 funcionários na Rússia".

Condenando o conflito provocado pela Rússia, que “causou a perda de tantas vidas humanas, devastação e tragédia”, o grupo recordou, em comunicado, ter iniciado uma revisão da sua presença na Rússia a 9 de março que, agora, se traduzirá na retirada dos seus negócios do país.

Ainda que lamente as “consequências desta decisão para os 8.400 funcionários na Rússia”, a produtora encara a medida como “a coisa certa a fazer neste momento”.

“Até o processo estar concluído, manteremos o nível reduzido de operações recentemente anunciado para manter o sustento destes funcionários e das suas famílias”, assegurou, complementando que todas as receitas obtidas desde o início da invasão russa serão doadas a organizações de ajuda humanitária.

“Os nossos pensamentos estão com o povo da Ucrânia e apelamos para que a paz seja restaurada urgentemente”, termina.

No ano passado, 10% das receitas totais do grupo e 6% dos lucros de exploração foram obtidos na Rússia, onde a Carlsberg é detentora de oito cervejarias. Recorde-se que a empresa tomou posse da Baltika Brewery em 2008, líder no mercado russo de cerveja.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Heineken anuncia que vai deixar os seus negócios na Rússia

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