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Ucrânia não está disposta a "ceder território" em troca de um cessar-fogo

O conselheiro presidencial justificou que "se perguntassem a quem vive naquelas áreas, eles não quereriam viver na Rússia".

Ucrânia não está disposta a "ceder território" em troca de um cessar-fogo
Notícias ao Minuto

16:36 - 28/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

Após Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, ter assegurado que a questão da “neutralidade” da Ucrânia está a ser “estudada em profundidade”, Alexander Rodnyansky, conselheiro presidencial, adiantou que o país não está disposto a "cortar-se aos bocados" para alcançar um acordo de paz, recusando entregar a região de Donbass e da Crimeia aos russos.

“Definitivamente que não estamos dispostos a ceder nenhum território ou a falar sobre a nossa integridade territorial”, disse Rodnyansky, em declarações à BBC Radio 4, referindo-se àquele que é considerado como um dos pontos centrais das negociações com a Rússia para terminar o conflito.

O responsável prosseguiu, justificando que “se perguntassem a quem vive naquelas áreas, eles não quereriam viver na Rússia”.

“Como é que os podemos deixar? Já para não falar da ideia de cortar o nosso país aos bocados”, apontou, à semelhança de Kyrylo Budanov, chefe dos serviços de informações militares da Ucrânia, que acusou Moscovo de querer ‘partir’ a Ucrânia em dois, traçando um paralelismo com a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.

Ainda assim, Rodnyansky considerou que um acordo de neutralidade é possível, mas que seriam necessárias mais condições de segurança, de forma a evitar que a integridade territorial da Ucrânia seja ameaçada.

Recorde-se que a Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou pelo menos 1.151 civis, incluindo 103 crianças, e feriu 1.824, entre os quais 133 crianças, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Leia Também: Zelensky diz que questão da "neutralidade" é "estudada em profundidade"

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