Paquistão. PM diz que censura é apoiada por "forças estrangeiras"
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, defendeu no domingo que a moção de censura apresentada contra si pela oposição é uma conspiração apoiada por "forças estrangeiras", num comício que atraiu milhares dos seus apoiantes e serviu como demonstração de força.
© Getty Images
Mundo Imran Khan
"No nosso país, com a ajuda de dinheiro estrangeiro, estão a ser feitas tentativas para substituir o nosso governo", disse Khan, em Islamabad, antes de uma votação parlamentar sobre uma moção de censura que será decisiva para o futuro do Paquistão.
"O dinheiro é estrangeiro, mas as pessoas que estão a ser utilizadas são nossas", acrescentou, referindo-se à coligação de partidos da oposição que jurou expulsar o primeiro-ministro do cargo e que tem de provar que tem maioria no parlamento.
Khan garantiu ter provas da alegada conspiração, disse que "a nação deve decidir se tem ou não sucesso" e comparou-se ao antigo primeiro-ministro Zulfiqar Ali Bhutto, que foi enforcado por ordem do tribunal em 1979, após um golpe militar.
"Zulfiqar Bhutto foi morto por ter uma política externa independente", disse o atual primeiro-ministro e antiga estrela de críquete.
O Movimento Democrático do Paquistão (PDM), a frente unida dos partidos da oposição formada em 2020 com a intenção de expulsar Khan, apresentou uma moção de censura contra o líder em 08 de março.
A sessão da Assembleia Nacional do Paquistão (NA, câmara baixa), na qual a moção de censura será discutida, começou na sexta-feira passada.
A data da votação ainda não foi anunciada, mas espera-se que seja fixada hoje, no mesmo dia em que uma marcha liderada pela Liga Muçulmana do Paquistão (PMLN), do antigo primeiro-ministro Nawaz Sharif, chegará a Islamabad para protestar contra Khan.
O partido Paquistão Movimento pela Justiça (Tehreek-e-Insaf - PTI), que sustenta o governo, tem 179 dos 342 membros da câmara, enquanto a oposição tem 162 membros.
Khan tem apenas 172 apoiantes, mas mais de uma dúzia de legisladores do PTI pronunciaram-se recentemente contra o governo, culpando Khan por não cumprir as promessas pré-eleitorais, e o partido exigiu-lhes explicações.
Khan e vários membros do seu gabinete acusaram a oposição de subornar os seus legisladores mais insatisfeitos.
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