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Irão pede "realismo" aos Estados Unidos para recuperar acordo de 2015

O negociador nuclear do Irão pediu hoje uma atitude "realista" aos Estados Unidos para recuperar o acordo assinado em 2015, no decurso de uma reunião em Teerão com Enrique Mora, diretor político do Serviço europeu de ação externa.

Irão pede "realismo" aos Estados Unidos para recuperar acordo de 2015
Notícias ao Minuto

15:42 - 27/03/22 por Lusa

Mundo Nuclear

"Podemos alcançar um acordo se a parte americana for realista", disse Ali Bagheri Kani após o encontro com Mora, coordenador europeu das conversações sobre o acordo nuclear, indicou em comunicado o ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano.

Bagheri e Mora "trocaram pontos de vista sobre a situação das conversações em Viena e discutiram as questões em aberto" para concluir um acordo que limite o programa nuclear iraniano em troca do levantamento das sanções.

Mora, que chegou no sábado a Teerão, antes de uma deslocação a Washington, também se reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Hosein Amir Abdolahian.

O chefe da diplomacia iraniana afirmou no sábado que entre as questões pendentes mais importantes para preservar o acordo estão as sanções à Guarda Revolucionária, um corpo militar de elite sujeito desde 2019 a sanções norte-americanas.

A visita de Mora ocorre num momento em que as conversações estão suspensas, após a Rússia ter pedido garantias por escrito de que as relações comerciais e militares com Teerão não serão afetadas pelas sanções impostas a Moscovo devido à invasão militar da Ucrânia.

De acordo com a Rússia, os Estados Unidos terão fornecido essas garantias, mas agora o Irão insiste que a atitude dos norte-americanos não está a permitir que o acordo seja concluído.

O Irão negoceia com a Alemanha, França, Reino Unido, Rússia e China, com a participação indireta dos Estados Unidos, para restaurar o acordo nuclear de 2015, que limitava o programa atómico do país em troca do levantamento das sanções e firmado após anos de negociações.

Em 2018 a administração do ex-Presidente Donald Trump abandonou o acordo e reimpôs pesadas sanções a Teerão, que um ano depois respondeu com a aceleração dos seus esforços nucleares e o enriquecimento de urânio.

Leia Também: Irão rejeita críticas dos EUA sobre exposição de equipamento militar

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