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Espanha suspende extradição de ex-chefe de serviços secretos venezuelanos

A justiça espanhola suspendeu a extradição para os Estados Unidos do antigo chefe dos serviços secretos militares venezuelanos Hugo Carvajal, preso em setembro em Madrid após quase dois anos de perseguição.

Espanha suspende extradição de ex-chefe de serviços secretos venezuelanos
Notícias ao Minuto

18:55 - 25/03/22 por Lusa

Mundo Espanha

O tribunal especial Audiência Nacional, responsável pelas extradições, explicou hoje em comunicado ter suspendido a extradição do ex-militar porque este último "apresentou um recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem".

Esta suspensão vem na sequência da luz verde, dada em dezembro passado pela Audiência Nacional, para a extradição de Hugo Carvajal para os Estados Unidos onde deve responder sobre suspeitas de tráfico de droga.

Chefe dos serviços secretos militares durante a Presidência do falecido Hugo Chávez, Hugo Carvajal foi detido pela primeira vez em abril de 2019 pela polícia espanhola, mas a justiça recusou então a sua extradição, com o argumento de que o pedido dos Estados Unidos tinha motivações políticas.

Após um recurso do ministério público, a Audiência Nacional reverteu finalmente a sua decisão em novembro de 2019 e deu luz verde à extradição do antigo chefe dos serviços secretos venezuelanos, alcunhado "El Pollo" (O Frango), mas, entretanto, Carvajal tinha fugido.

Foi novamente detido a 09 de setembro de 2021 em Madrid, após dois anos de perseguição, durante os quais se submeteu a várias cirurgias plásticas para alterar a fisionomia e adquiriu o hábito de usar bigodes falsos e perucas, segundo a polícia.

Indiciado por tráfico de drogas em 2011 por um procurador de Nova Iorque, "El Pollo" é acusado de envolvimento na importação de cocaína para os Estados Unidos, incluindo um carregamento de 5,6 toneladas transportado da Venezuela para o México em 2006.

O suspeito pode vir a ser condenado nos Estados Unidos a uma pena de entre dez anos a prisão perpétua.

O antigo general foi afastado do exército venezuelano por decisão do chefe de Estado, Nicolás Maduro, por ter reconhecido, no início de 2019, o opositor e Presidente autoproclamado Juan Guaidó.

Carvajal fugiu na altura da Venezuela, por mar, até à República Dominicana e daí para Espanha.

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