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Mulher de Navalny diz que condenação de nove anos "não significa nada"

Yulia Navalnaya deixou uma mensagem de apoio ao marido, condenado a nove anos de prisão por "fraude" e "falta de respeito a um magistrado".

Mulher de Navalny diz que condenação de nove anos "não significa nada"

Yulia Navalnaya, mulher do opositor russo Alexei Navalny, afirmou que a condenação de nove anos de prisão por "fraude" e "falta de respeito a um magistrado" do marido “não significa nada” para a família. 

Após o julgamento, Yulia recorreu à rede social Instagram para partilhar uma fotografia da família, captada para a campanha presidencial de 2018. “Por causa da sua participação, [Vladimir] Putin decidiu envenená-lo [a Navalny], e quando não resultou, ele foi preso”, afirmou. 

Sublinhe-se que opositor do regime do presidente russo estava a cumprir pena em liberdade condicional após ter sido acusado de fraude – uma acusação que diz ter sido fabricada – quando foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novitchok, em agosto de 2020.

Após aquela que considera ser uma tentativa de assassinato por parte do Kremlin, o opositor de 45 anos foi transferido, a pedido da mulher, da Sibéria para a Alemanha para recuperar. Foi detido ao voltar para a Rússia, a 17 de janeiro de 2021. 

A mulher de Navalny afirma que desde que a fotografia foi tirada “muita coisa mudou” e “muitas coisas aconteceram”, mas há algo que “permanece inalterado”: a família.

“A família é a força de qualquer pessoa normal, e mais ainda de um verdadeiro político. Estamos juntos há mais de 20 anos e, ano após ano, aprendemos a ser bons pais e bons cônjuges, mas se tivermos que resistir constantemente à pressão, dominaremos essa ciência”, frisou.

E acrescenta: “O número 9 não significa nada”.

Navalny começou a ser julgado em meados do passado mês de fevereiro e foi condenado na terça-feira. Deverá cumprir a pena num estabelecimento prisional de “regime severo”, com condições ainda mais restritas do que a cadeia onde se encontra detido há mais de um ano. 

Desde a divulgação da sentença foram várias as entidades que condenaram a decisão “política” e apelaram à “libertação imediata” do opositor do Kremlin, incluindo os Estados Unidos da América (EUA), as Nações Unidas (ONU) e a União Europeia (UE)

Leia Também: Navalny pede a apoiantes que continuem a lutar contra o Kremlin

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