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Pelo menos 28 mortos num duplo atentado no centro da Somália

Pelo menos 28 pessoas morreram, incluindo a deputada federal Amina Mohamed, na quarta-feira à noite num duplo ataque do grupo jihadista Al Shabab na cidade de Beledweyne (centro da Somália), confirmaram hoje as autoridades.

Pelo menos 28 mortos num duplo atentado no centro da Somália

© Getty Images

Lusa
24/03/2022 08:56 ‧ há 3 anos por Lusa

"Registámos 28 mortos e 35 feridos nos ataques de Beledweyne. A maioria dos feridos será transferida para Mogadíscio para receber tratamento médico", disse à agência de notícias espanhola EFE o governador da região de Hiran, Ali Jayte Osman.

O grupo Al Shabab reivindicou a responsabilidade pelos ataques.

O primeiro ataque ocorreu junto à base militar de Lamagalaay, um local altamente vigiado onde estava a decorrer a votação para a Câmara Baixa do Parlamento da Somália.

No segundo ataque, um carro-bomba explodiu num hotel próximo, onde estavam hospedados políticos locais e autoridades eleitorais.

Entre os mortos está a deputada Amina Mohamed, que estava nesta zona num ato campanha eleitoral para manter o seu lugar no Parlamento nas eleições legislativas em curso.

O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed Farmaajo, enviou as suas "mais profundas condolências" à família do deputado e "toda a nação somali".

A embaixadora da União Europeia (UE) no país africano, Tiina Intelmann, afirmou hoje na sua conta da rede social Twitter que "a violência não é um caminho a seguir na Somália", condenou "o terrorismo e os homicídios", e enviou suas "condolências à família da deputada Amina Mohamed".

Um ex-deputado, Ali Abdi Dhuhul, que fazia campanha para as eleições, também foi morto nestes ataques, enquanto o ex-ministro da Educação da Somália, Abdirahman Dahir Osman, ficou ferido.

Estes ataques ocorreram horas depois de um ataque contra o complexo que abriga, entre outros, os escritórios da ONU em Mogadíscio e que causou pelo menos oito mortos e 11 feridos.

Em 15 de março, a Somália falhou um segundo prazo para completar as eleições para a Câmara Baixa, por causa de tensões políticas, rixas entre clãs e alegadas irregularidades.

Em janeiro, o primeiro-ministro somali, Mohamed Hussein Roble, e os presidentes dos cinco estados federais do país concordaram em completar o processo eleitoral até 25 de fevereiro, um compromisso que não cumpriram.

A conclusão das eleições parlamentares é um marco essencial para a realização das eleições presidenciais, que foram adiadas várias vezes desde 2021, apesar de o mandato do Presidente, Mohamed Abdullahi Mohamed Farmaajo, ter expirado nesse ano.

O adiamento sistemático das eleições - que são apoiadas pela comunidade internacional, e contra a vontade do Al-Shebab - é considerado como uma distração para os problemas essenciais do país, como a luta contra o terrorismo.

O grupo que reivindicou o ataque controla as áreas rurais no centro e sul do país e quer estabelecer um Estado Islâmico 'wahhabi' (ultraconservador) na Somália.

A Somália tem estado num caos desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991, que deixou o país sem um governo eficaz e nas mãos de senhores da guerra e milícias islâmicas, como o Al-Shebab.

Leia Também: Pelo menos oito pessoas morreram em ataque terrorista na Somália

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