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EUA. Comissário culpado de entrar em área restrita do Capitólio em 2021

Um juiz federal condenou hoje um funcionário eleito do estado do Novo México, Estados Unidos, por entrar ilegalmente em território restrito do Capitólio, mas absolveu-o de conduta desordeira durante o motim de 06 de janeiro de 2021.

EUA. Comissário culpado de entrar em área restrita do Capitólio em 2021
Notícias ao Minuto

20:14 - 22/03/22 por Lusa

Mundo EUA

O juiz do Tribunal Distrital dos Estados Unidos Trevor McFadden ouviu na segunda-feira o depoimento do arguido antes de proferir o veredicto no processo contra Couy Griffin, comissário do condado de Otero, um antigo cavaleiro de 'rodeo' de 48 anos que ajudou a fundar o grupo Cowboys for Trump ("Caubóis por Trump", em inglês), de apoio ao ex-presidente republicano.

O processo de contra Griffin é diferente da maioria dos outros casos relativos a 06 de janeiro de 2021 e pode não ser um fator para os arguidos que são acusados de invadir o Capitólio.

O comissário foi acusado de dois delitos: entrar e permanecer num edifício ou terreno restrito e conduta desordeira e perturbadora num edifício ou terreno restrito, ambos com uma pena máxima de um ano de prisão.

No entanto, é um dos poucos arguidos que não foi acusado de entrar no edifício do Capitólio ou de se envolver em qualquer comportamento violento ou destrutivo, sendo que os seus advogados argumentaram que ele foi acusado seletivamente pelas suas opiniões políticas.

A leitura da sentença de Griffin está agendada para 17 de junho.

A procuradora adjunta dos EUA Janani Iyengar disse que o arguido subiu para cima de suportes de metal para bicicletas, subiu uma rampa de contraplacado e gritou em direção a uma multidão sobre a sua crença de que a eleição presidencial tinha sido roubada ao então presidente Donald Trump.

Uma questão-chave no caso é se Griffin entrou numa área restrita enquanto o na altura vice-presidente Mike Pence ainda estava presente no Capitólio, um pré-requisito para os Serviços Secretos dos EUA invocarem restrições de acesso.

No processo judicial, os advogados do arguido argumentaram que Pence já tinha saído da área restrita antes da primeira vez que Griffin poderia ter entrado, mas a inspetora dos Serviços Secretos Lanelle Hawa testemunhou que Pence nunca saiu da área restrita durante o motim.

O funcionário eleito está entre um pequeno número de acusados que ocuparam cargos públicos ou concorreram a um posto de liderança governamental nos dois anos e meio anteriores ao ataque, e é um de apenas três arguidos que solicitaram julgamento em tribunal, o que significa que quem decide o caso é um juiz e não um júri.

Num documento do tribunal, os procuradores descreveram Griffin como "um provocador e fabulista inflamado que se envolve em teorias de conspiração racistas e sem fundamento, incluindo que a China comunista roubou as eleições presidenciais de 2020".

Mais de 770 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com o motim no Capitólio, mais de 230 declararam-se culpados, a maioria por pequenos delitos, e pelo menos 127 foram condenados. Cerca de 100 outros têm datas de julgamento agendadas.

Em 06 de janeiro de 2021, cerca de 10 mil pessoas, maioritariamente simpatizantes de Trump, caminharam em direção ao Capitólio e cerca de 800 invadiram o edifício para impedir a ratificação da vitória do Presidente dos EUA, Joe Biden, nas eleições de novembro de 2020, frente ao candidato republicano e ex-presidente.

Durante os distúrbios, cinco pessoas morreram e cerca de 140 polícias foram agredidos.

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