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Rússia acusa Conselho da Europa de ser instrumento "russófobo"

A Rússia acusou hoje o Conselho da Europa, que a excluiu oficialmente na quarta-feira, de ser um instrumento "russófobo" ao serviço do Ocidente, garantindo que rejeita "lições de Bruxelas" em matéria de direitos humanos.

Rússia acusa Conselho da Europa de ser instrumento "russófobo"
Notícias ao Minuto

19:58 - 18/03/22 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"Devido à atividade russófoba dos ocidentais, esta estrutura (o Conselho da Europa) está a perder a sua razão de ser", lamentou num comunicado a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.

"Ao colocar o atendimento dos interesses do bloco acima dos seus próprios objetivos estatutários, o Conselho da Europa foi transformado num instrumento obediente da União Europeia, da NATO e dos seus satélites", prosseguiu.

A Rússia foi oficialmente expulsa na quarta-feira do Conselho da Europa, organização de que era membro desde 1996. A participação de Moscovo nos principais órgãos do Conselho estava suspensa desde 25 de fevereiro, o dia seguinte ao lançamento da ofensiva russa na Ucrânia.

"Esta expulsão não muda nada de fundamental para nós. Apenas nos dispensa de respeitar os procedimentos e obrigações residuais que nos eram impostos", acrescentou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

"A Rússia não aceita lições de Bruxelas em matéria de direitos humanos", sublinhou, acusando a UE de "negociar exceções, isenções e privilégios" quanto aos valores que defende, "como numa feira".

Observador dos direitos humanos na Europa, o Conselho da Europa, criado em 1949, reunia até agora a quase totalidade dos Estados do continente, 47 no total, entre os quais a Ucrânia, desde 1995, e a Rússia, desde 1996.

A saída da Rússia da organização faz temer uma degradação da situação em matéria de direitos humanos no país, já frequentemente acusado de irregularidades por organismos internacionais.

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de 5,2 milhões de pessoas, mais de 3,2 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU -- a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram à Rússia sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 23.º dia, causou um número ainda por determinar de baixas civis e militares.

Embora admitindo que "os números reais são consideravelmente mais elevados", a ONU confirmou hoje pelo menos 816 mortos e 1.333 feridos entre a população civil, incluindo mais de 130 crianças.

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