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Apoiantes de Valérie Pécresse ainda têm esperança de a ver no Eliseu

Valérie Pécresse, candidata da direita à Presidência de França, pode aparecer em quarto lugar nas intenções de voto, mas para alguns apoiantes as sondagens são para ignorar e declaram ter esperança na sua vitória.

Apoiantes de Valérie Pécresse ainda têm esperança de a ver no Eliseu
Notícias ao Minuto

13:48 - 17/03/22 por Lusa

Mundo França

A candidata d'Os Republicanos é atualmente a quarta qualificada na sondagem do Instituto Elabe para a televisão BFMTV e para o jornal "L'Express", com 11,5% das intenções de voto dos inquiridos sobre as eleições presidenciais francesas de 10 de abril.

"Somos inundados de sondagens, mas não somos obrigados a acreditar nelas. Eu acredito que há ainda uma grande esperança de que Valérie Pécresse chegue à segunda volta", disse Dani, reformada, em declarações à agência Lusa.

Dani foi uma das apoiantes de Valérie Pécresse que encheram na noite de quinta-feira a sala Colisée, em Meaux, cidade com 55 mil habitantes na região parisiense, onde a candidata apresentou o seu programa para as cidades.

A candidata estava a jogar em casa, já que é presidente da região de Île-de-France, a região parisiense, e próxima do autarca da cidade, Jean-François Copé, antigo ministro de Jacques Chirac e que chegou mesmo a dirigir a União por um Movimento Popular (UMP), substituída por Os Republicanos.

"Não acreditem nos meios de comunicação, não vejam as sondagens", disse Jean-François Copé à multidão antes de Valérie Pécresse subir à tribuna.

As sondagens mais recentes não preveem para Valérie Pécresse um lugar que lhe permita disputar a segunda volta com o Presidente Emmanuel Macron, que se posiciona como o preferido, e também não agradam à direita que recorreu a um longo processo de eleições primárias para encontrar a candidata ideal.

Valérie Pécresse avisou as centenas de pessoas na sala que Emmanuel Macron está a usar a guerra na Ucrânia como "desculpa" para não haver debate na primeira volta. O Presidente francês disse que não vai participar em nenhum debate com os restantes 11 candidatos e apelou aos seus apoiantes para não se deixarem arrastar por extremismos, criticando a extrema-direita.

"Para ter um verdadeiro debate democrático na segunda volta, é preciso que Valérie Pécresse esteja lá. Hoje não temos debate, só falamos da guerra na Ucrânia. Mas daqui a algumas semanas podemos ter uma bomba social. Ainda não temos aquela efervescência de campanha e achamos que isso vai acontecer dentro de pouco tempo", disse Geoffrey Carvalhinho, responsável das cidades na campanha de Valérie Pécresse.

Para as cidades, Valérie Pécresse disse em Meaux querer bairros mais tranquilos, que venham substituir o alojamento social praticado até agora - na maioria dos casos consiste em enormes torres onde vivem as famílias mais pobres -, mais segurança e autoridade, recorrendo mais à videovigilância e às polícias municipais, assim como mais poderes para os autarcas - uma classe que se sentiu esquecida nos cinco anos de governação de Macron.

"Convenceu-me completamente. Eu já estava convencida e foi por isso que vim até aqui. Esta noite (Valérie Pécresse) respondeu a questões muito importantes para mim. É a única candidata possível. Não acredito em (Marine) Le Pen, nem em (Eric) Zemmour, nem em (Jean-Luc) Melenchon, nem Anne Hidalgo. Quanto a Macron, foi uma grande deceção", disse Dani, que vive junto a Marne La Valée, perto de Meaux.

Cheik é outro eleitor francês dececionado com a governação de Emmanuel Macron, que vê em Valérie Pécresse uma esperança para os bairros mais complicados.

"Espero que haja uma verdadeira mudança, que ela traga a mudança que Emmanuel Macron não conseguiu fazer. É a candidata mais credível", disse este morador de Meaux, que trabalha diretamente com jovens e crianças sob tutela do Estado francês.

A pré-campanha, já que a campanha oficial começa apenas a 28 de março, vai continuar na estrada e os apoiantes mais próximos da candidata, como Geoffrey Carvalhinho, avisam que ela vai surpreender.

"Em 2015, ninguém pensou que ela ganharia a região de Île-de-France, no Congresso ninguém pensou que ela seria a candidata e ela inverteu sempre todos os prognósticos. Os franceses vão aperceber-se que ela é uma mulher autêntica, sincera e com verdadeiros projetos para o país", disse.

A eleição presidencial em França, disputada por 12 candidatos dos diferentes quadrantes políticos, decorre em duas voltas, com a primeira a realizar-se a 10 de abril e a segunda a 24 do mesmo mês.

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