Os suspeitos são acusados em três casos separados pela Procuradoria do Distrito de Brooklyn, e resultaram, por agora, em três detenções em Nova Iorque, enquanto dois dos acusados, residentes na China, não foram capturados.
Todos eles, segundo as autoridades, participaram em conspirações para prejudicar cidadãos chineses que vivem nos estados Unidos, e "cujas posturas e ações políticas não agradam" ao Governo chinês.
Num dos casos, um dos imputados está acusado de tratar de travar a candidatura ao Congresso norte-americano de um dos estudantes que lideraram em 1989 os protestos da Praça de Tiananmen, e que se instalou nos Estados Unidos.
Segundo a acusação, num dos casos foi contratado um detetive privado para obter informações, noutro, os acusados planeavam destruir peças de arte de um artista chinês residente em Los Angeles, e noutro foram encontradas indicações de tentativas de recolher informações junto da comunidade chinesa para enviar para a China.
Num comunicado, os responsáveis pela investigação sublinham que estes casos mostram até que ponto as autoridades chinesas estão dispostas a ir para "atacar o Estado de direito e a liberdade" nos Estados Unidos.
"Os Estados Unidos não vão tolerar ações descaradamente ilegais contra residentes norte-americanos, em solo norte-americano, que minam os nossos valores e direitos", declarou o procurador federal Breon Peace.
Washington colocou recentemente em marcha uma nova estratégia judicial com a qual pretende neutralizar a suposta ameaça de Governos estrangeiros, substituindo a que foi criada durante a administração de Donald Trump, centrada especificamente na espionagem chinesa, criticada por fomentar preconceitos contra cidadãos desse país.