Uma primeira reunião está marcada para Baltimore, na costa leste norte-americana, nos dias 21 e 22 de março, "e a segunda terá lugar no Reino Unido mais tarde, durante a primavera", anunciou o governo britânico em comunicado.
Os encontros "formarão uma plataforma para novas discussões" entre os dois países.
Desde a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) que Londres tem vindo a negociar acordos para impulsionar o comércio internacional e procura, em particular, fortalecer os laços com os Estados Unidos, sem ter conseguido até agora a luz verde de Washington.
As reuniões anunciadas hoje terão como objetivo "aprofundar os laços comerciais e de investimento", assegura Londres.
O comércio entre os dois países agora representa 200.000 milhões de libras (237.000 milhões de euros) por ano.
A ministra do Comércio Internacional britânica, Anne-Marie Trevelyan, e a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, participarão nas discussões, juntamente com "ministros, altos funcionários, sindicatos, empresários e representantes da sociedade civil".
"Os Estados Unidos são o nosso maior parceiro comercial" e este novo diálogo é "uma oportunidade para tornar o comércio transatlântico mais fácil, rápido e lucrativo", vincou Trevelyan, citada no comunicado.
Katherine Tai acrescentou que este é o início de "uma discussão aberta e profunda" sobre como "aprofundar o comércio de maneira mais inteligente e estratégica" entre os dois países.
Londres e Washington resolveram em junho uma disputa comercial relacionada com subsídios concedidos à Airbus e à Boeing, que permitiram a suspensão de taxas alfandegárias agravadas que incidiam principalmente sobre o whisky escocês.
Os dois países também estão em negociações para resolver uma disputa sobre aço e alumínio, que em 2018 resultou em tarifas alfandegárias recíprocas.
Desde o Brexit, o Reino Unido concluiu um acordo comercial com a UE, mas também com países europeus não pertencentes à UE, como Noruega, Islândia, Liechtenstein, e também com o Japão e Israel.
Londres também assinou recentemente dois acordos com a Austrália e a Nova Zelândia e quer fortalecer os laços comerciais na região do Indo-Pacífico, com a ambição de aderir ao tratado transpacífico cujo mercado representa 500.000 milhões de pessoas em 11 países.
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