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Tóquio denuncia manobras militares russas em arquipélago japonês

O Ministério da Defesa japonês denunciou hoje o trânsito de uma dúzia de navios da Marinha russa por um estreito ao norte do arquipélago japonês, em manobras que descreveu como "preocupantes" no contexto da guerra na Ucrânia.

Tóquio denuncia manobras militares russas em arquipélago japonês
Notícias ao Minuto

13:06 - 11/03/22 por Lusa

Mundo Japão

A flotilha russa, que incluía contratorpedeiros da classe Udaloy, foi detetada por aviões de vigilância das Forças de Autodefesa do Japão na quinta-feira, a cerca de 180 quilómetros do Cabo Erimo, na ilha de Hokkaido.

Os navios russos cruzaram o Estreito de Tsugaru, com menos de 19 quilómetros de largura e que separa a ilha de Honshu, a maior do arquipélago japonês, e a de Hokkaido, em águas não territoriais, por serem consideradas uma passagem marítima internacional.

O ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi, descreveu como "preocupante" a "ativação das atividades militares russas no Japão enquanto [Moscovo] está a invadir a Ucrânia".

Kishi garantiu que o Japão "monitoriza cuidadosamente" os movimentos dos navios russos e acrescentou que Tóquio transmitiu a sua "preocupação" a Moscovo, através dos canais diplomáticos.

O Ministério da Defesa japonês já tinha manifestado a sua preocupação, nos últimos meses, com a intensificação das manobras militares russas e chinesas à volta do arquipélago japonês, antes da guerra na Ucrânia.

As mais recentes manobras russas ocorreram perto do arquipélago das Curilas do Sul (apelidado Territórios do Norte, no Japão) pertencente à Rússia e cuja soberania é reivindicada por Tóquio.

A disputa por esses territórios é o principal obstáculo para a não assinatura de um acordo de paz entre os dois países desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Na aplicação de sanções contra a Rússia, por causa da invasão da Ucrânia, o Japão juntou-se ao G7 e à UE, o que já provocou ameaças de Moscovo contra Tóquio.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou pelo menos 549 mortos e mais de 950 feridos entre a população civil e provocou a fuga de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. Japão anuncia novas sanções contra a Bielorrússia

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