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Presidente israelita visita comunidade judaica em Istambul

O Presidente israelita, Isaac Herzog, visitou hoje a comunidade judaica da Turquia em Istambul, um dia depois de uma reunião com o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, descrita como um "ponto de viragem" nas relações entre os dois países.

Presidente israelita visita comunidade judaica em Istambul
Notícias ao Minuto

14:27 - 10/03/22 por Lusa

Mundo Israel

Herzog, o primeiro chefe de Estado israelita a visitar a Turquia desde 2007, participou numa oração com representantes da comunidade e rezou, em particular, pela "Turquia e pelo Presidente Erdogan", na sinagoga Neve Shalom, no bairro histórico de Gálata, em Istambul.

"O processo [a visita e as conversações com Erdogan] não cria ilusões, antes reflete os nossos interesses estratégicos e bilaterais", disse Herzog, numa conferência de imprensa realizada à chegada ao local.

"Não vamos concordar em tudo, mas queremos resolver as nossas divergências com respeito mútuo e boa vontade", disse Herzog, na quarta-feira, durante uma conferência de imprensa conjunta com Erdogan.

A sinagoga Neve Shalom, que também abriga um museu da herança judaica, é um local de grande simbolismo para a comunidade judaica, onde são celebrados muitos casamentos e vários outros eventos.

Uma "sinagoga particular que sofreu muito no passado", observou o Presidente Herzog, referindo-se aos ataques que a atingiram em 1986 (com o registo de 22 mortos), em 1992 (um ferido) e em 2003.

A 15 de novembro de 2003, veículos armadilhados explodiram junto de duas sinagogas de Istambul, Neve Shalom e Beth Israel, matando 30 pessoas e ferindo outras 300.

Os ataques foram reivindicados por uma célula turca da rede terrorista Al-Qaida.

Sob o Império Otomano, Istambul, então Constantinopla, acolheu muitos judeus expulsos de Espanha em 1492 que ali encontraram um refúgio pacífico, tendo alguns fundado dinastias prósperas até à década de 1930, quando foram vítimas das leis discriminatórias e de 'pogroms', palavra de origem russa que significa uma perseguição deliberada a um grupo étnico ou religioso, aprovada ou tolerada pelas autoridades locais.

Os "500 anos" de vida em comum são frequentemente invocados pelas autoridades turcas, embora o estatuto dos judeus turcos tenha sido, muitas vezes, pouco igualitário.

Cerca de 15.000 judeus vivem hoje na Turquia, a maioria dos quais em Istambul, um número muito inferior quando comparado com os 200.000 que viviam naquele país no século XX.

A Aliança de Rabinos de países muçulmanos saudou, em comunicado, a visita do Presidente Herzog à Turquia e o seu encontro, na quarta-feira, com o Presidente Erdogan, considerando tratar-se de um "meio de preservar a paz regional, promover a tolerância e a compreensão mútua".

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