Hungria pode eleger a primeira chefe de Estado na quinta-feira
A Hungria poderá eleger na quinta-feira a primeira Presidente do país, Katalin Novák, durante a votação que vai ocorrer no Parlamento húngaro, onde o seu partido - Fidesz - tem a maioria dos lugares.
© Reuters
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Apesar de a oposição também ter apresentando um candidato, o economista Péter Róna, dois terços dos assentos parlamentares pertencem ao Fidesz: 133 dos 199 lugares.
Assim, em princípio, esta maioria garante a eleição da primeira mulher como chefe de Estado do país.
A eleição de Katalin Novák - até ao momento ministra da Família - é considerada importante devido ao facto de esta responsável ser leal ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, compartilhando das ideias conservadoras do líder do Governo.
Mas se a oposição vencer as eleições gerais de 03 de abril, o novo Governo terá de conviver durante cinco anos com uma chefe de Estado que, apesar de ter poderes executivos limitados, pode atrapalhar o seu trabalho.
Além de ser a primeira mulher a ocupar o cargo, Novák, de 44 anos, seria a pessoa mais jovem a ser Presidente do país.
De acordo com as leis atuais, a eleição do chefe de Estado requer o apoio de dois terços dos parlamentares numa primeira votação ou de uma maioria absoluta num segundo escrutínio.
Estas são as oitavas eleições presidenciais desde a queda da ditadura comunista em 1989 e, até agora, houve dois políticos que foram reeleitos, Árpád Göncz (eleito em 1990 e 1995) e o atual Presidente, János Áder (eleito em 2012 e 2017).
Eleito por um período de cinco anos, o Presidente é o mais alto cargo da República húngara, mas, ao mesmo tempo, é de natureza eminentemente representativa e cerimonial, com poderes limitados, embora possa bloquear temporariamente a aprovação de leis ou convocar referendos.
Isso significa que o Presidente só pode vetar uma lei uma vez: se o Parlamento a aprovar novamente, o chefe de Estado deve assiná-la e publicá-la.
O Presidente é também responsável pela convocação das eleições, é o comandante das forças armadas e nomeia os reitores das universidades e o governador do Banco Nacional, entre os candidatos recomendados por aquelas instituições.
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