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Estónia pede que Defesa europeia seja capaz de competir com a da Rússia

A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, disse hoje que o mundo "nunca voltará" à situação anterior à invasão russa da Ucrânia e pediu que a Defesa europeia seja capaz de competir com o "enorme exército russo".

Estónia pede que Defesa europeia seja capaz de competir com a da Rússia
Notícias ao Minuto

13:29 - 09/03/22 por Lusa

Mundo Estónia

"Desde 24 de fevereiro, o mundo mudou. A invasão da Ucrânia por [Vladimir] Putin deu origem a um período de insegurança na Europa que não conhecíamos desde 1939. Como aconteceu após a Segunda Guerra Mundial, o nosso mundo não voltará ao 'status quo' de antes da invasão. A relação da Rússia com o resto do mundo será diferente", disse Kallas, perante o Parlamento Europeu.

O líder estoniana falava durante um debate sobre o futuro da segurança na Europa, após a guerra lançada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, que, disse Kallas, "pode ter levado a redescobrir por que decidimos ter um acordo internacional baseado em regras".

"Nós, estonianos, conhecemos a experiência de ser deportados e fugir de guerras. E também temos alguma experiência com a Rússia. (...) Hoje, faz 78 anos desde que o Exército Vermelho bombardeou a minha cidade, Tallinn, dizimando-a. Mas a minha mãe sempre me disse que não é educado lembrar que 'bem avisámos'", disse Kallas, perante os eurodeputados.

Kallas defendeu que a União Europeia (UE) deve perceber que "às vezes a melhor maneira de alcançar a paz é pela vontade de usar a força militar", salientando que garantir um futuro para a Ucrânia é uma "obrigação moral".

A primeira-ministra da Estónia disse que é necessária uma "política de contenção inteligente", ao mesmo tempo que se acentuam as medidas sancionatórias contra Moscovo, nomeadamente na área energética.

"A Rússia pode ter um exército enorme, mas podemos competir com qualidade e com tecnologias inovadoras", disse a líder estoniana, insistindo na necessidade de uma forte cooperação internacional, no âmbito das organizações de Defesa já existentes.

"Ao meu pai, muitas vezes perguntaram por que razão precisávamos entrar na NATO, quando a Rússia deixara de ser uma ameaça. Sabíamos, na época, que não era verdade. Sabemos agora que continua a não ser verdade", explicou a primeira-ministra da Estónia.

Kallas disse que, a partir de agora, o Ocidente terá de "continuar a apoiar aqueles que lutam pela independência da Ucrânia e dar tempo para que as sanções entrem em vigor", após o que deve ser lançada uma estratégia para "consolidar o que foi alcançado no mundo livre, nas últimas semanas".

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que, segundo as autoridades de Kiev, já fez mais de 2.000 mortos entre a população civil.

Os ataques provocaram também a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, de acordo com a ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

Leia Também: Estónia apoia adesão da Finlândia à NATO e ratificaria "de imediato"

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