Meteorologia

  • 08 MAIO 2024
Tempo
29º
MIN 17º MÁX 30º

Comandante russo capturado pede desculpa: "Não encontro palavras"

Comandante capturado revela informação dada às tropas russas para invadir a Ucrânia.

Comandante russo capturado pede desculpa: "Não encontro palavras"
Notícias ao Minuto

15:58 - 07/03/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Rússia/Ucrânia

Um comandante das tropas russas, que foi capturado pelas forças ucranianas, condenou a invasão “genocida” de Moscovo à Ucrânia e alegou que só começou a questionar o que lhe havia sido dito depois de ver os seus lutadores de boxe preferidos - Oleksandr Usyk e Vasyl Lomachenko – a juntar-se às tropas ucranianas para lutar contra ele. 

Numa conferência de imprensa, que foi divulgada esta segunda-feira, Stakhov Dmitry Mikhailovich, que foi capturado juntamente com dois soldados, disse que as tropas russas foram enganadas ao serem informadas de que Kyiv tinha sido “dominada por um regime fascista” e que nazis tinham tomado o poder.

“Obviamente, essa informação era unilateral”, disse, acrescentando que estava a falar de livre vontade e pedindo depois desculpa aos cidadãos ucranianos. 

“Não consigo encontrar palavras para pedir desculpas ao povo ucraniano”, acrescentou, referindo que entende se a Rússia nunca for perdoada e apelando a que as forças ucranianas mantenham os soldados russos vivos. 

“Muitos deles estão apenas envergonhados. Eles não querem guerra (…) Sinceramente, espero pela vossa misericórdia para com as pessoas que vêm até vós com as mãos para cima ou para com aqueles que estão feridos. Não devemos semear a morte – é melhor semear a vida”, apelou. 

Mikhailovich pediu ainda às tropas russas que sejam “corajosas” e que se oponham aos seus comandantes. “Isto é genocídio”, disse. “A Rússia não pode vencer aqui de qualquer forma. Podemos invadir o território, mas não podemos invadir o povo”, sublinhou.

Uma das frases mais curiosas do comandante russo foi acerca dos lutadores Oleksandr Usyk e Vasyl Lomachenko, que se juntaram às tropas ucranianas para defender o país.

“Nós não conhecíamos a situação. Eu, pessoalmente, quando entrámos neste território, observei os lutadores de boxe profissionais, os vossos lutadores. Em casa, sempre adorei vê-los, Usyk e Lomachenko, são os meus favoritos. Estas pessoas estão prontas para pegar em armas. Eles disseram ‘nós não vos chamámos aqui’ e eu sinto vergonha por termos vindo para este país”, completou.

Leia Também: AO MINUTO: Decorre a 3.ª ronda de negociações. O que pede a Rússia?

Recomendados para si

;
Campo obrigatório