Meteorologia

  • 05 MAIO 2024
Tempo
16º
MIN 16º MÁX 21º

Liz Truss. Conflito na Ucrânia pode durar "vários anos"

A ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, admitiu hoje que o conflito na Ucrânia pode durar "vários anos" por causa das "forças significativas" da Rússia, que poderá tentar usar "armas ainda piores".

Liz Truss. Conflito na Ucrânia pode durar "vários anos"
Notícias ao Minuto

10:53 - 27/02/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

"O Reino Unido apoia absolutamente a Ucrânia durante este conflito muito longo e difícil", disse Truss à televisão Sky News, citada pela agência France-Presse.

O conflito pode durar "vários anos, porque sabemos que a Rússia tem forças significativas", continuou, sublinhando a determinação dos ucranianos em defender "a sua soberania e a sua integridade territorial".

"Este conflito pode ser muito, muito sangrento. Já vimos civis alvejados pelo governo russo", continuou a chefe da diplomacia britânica.

"Peço ao governo que não intensifique o conflito, mas devemos estar preparados para que a Rússia procure usar armas ainda piores", o que seria "extremamente devastador", sublinhou.

O Ocidente aumentou ainda mais a pressão sobre Moscovo na noite de sábado, excluindo os bancos russos da plataforma interbancária Swift e prepara-se para entregar mais armas à Ucrânia.

Foi também decidido restringir ainda mais o acesso do banco central russo aos mercados de capitais, de modo a dificultar as suas tentativas de apoiar o rublo, que caiu após a guerra na Ucrânia.

Sobre a proposta russa de conversações com a Ucrânia, Liz Truss disse que Moscovo deve primeiro retirar suas tropas daquele país. "Não podem negociar com uma arma apontada à cabeça dos ucranianos. Devem [Rússia] primeiro retirar as suas tropas", insistiu Liz Truss.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

Leia Também: Ucrânia. Banco Central da Rússia garante liquidez da banca em rublos

Recomendados para si

;
Campo obrigatório