"Noite será muito difícil. O inimigo usará todas as forças disponíveis"
Presidente ucraniano dirigiu-se à nação indicando que os ucranianos têm de se manter firmes e resistir. A noite será mais difícil do que o dia, alertou Volodymyr Zelensky.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou hoje a falar à nação numa mensagem que demonstra a gravidade da situação vivida na Ucrânia. A noite será muito difícil, mais do que foi o dia, disso o chefe de Estado da Ucrânia não tem dúvidas.
"Apelo a quem nos defende. Esta noite será muito difícil, e o inimigo usará todas as forças disponíveis para quebrar a resistência dos ucranianos. Precisamos entender o que nos espera. Esta noite temos que nos manter firmes. O destino da Ucrânia está a ser decidido agora", sublinhou.
"Muitas cidades estão sob ataque: Chernihiv, Sumy, Kharkiv, os nossos meninos e meninas em Donbass, as cidades do sul, atenção especial a Kiev”, apontou lançando ainda um alerta: “Não podemos perder a capital".
Volodymyr Zelensky discursava num vídeo publicado na madrugada de sábado (ainda noite de sexta-feira em Lisboa) no 'site' na Internet da Presidência ucraniana.
Recorde-se que a Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e desnazificar" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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