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Líbano. Desmantelados três projetos de atentado do grupo Estado Islâmico

O Líbano anunciou hoje ter desmantelado três projetos de atentados do grupo extremista Estado Islâmico (EI) que visavam locais de culto xiita em subúrbios a sul de Beirute, bastião do movimento pró-iraniano Hezbollah.

Líbano. Desmantelados três projetos de atentado do grupo Estado Islâmico
Notícias ao Minuto

13:45 - 23/02/22 por Lusa

Mundo Líbano

"Um grupo terrorista 'takfiri' [islamista extremista] recrutou jovens palestinianos no Líbano para executar atentados de grande amplitude com a ajuda de cintos de explosivos", indicou hoje o ministro do Interior libanês, Bassam Mawlawi, numa conferência de imprensa, segundo a agência France-Presse (AFP).

O Estado Islâmico planeava "visar três alvos simultaneamente", de acordo com as Forças de Segurança Interna (FSI), e os projetos de atentados puderam ser frustrados graças a um agente que se conseguiu infiltrar nas redes do EI no Líbano.

O agente, recrutado pelas FSI, recebeu as instruções para realizar os atentados por parte de um membro do EI baseado no campo de refugiados de Ain Hilweh (sul), que mantém contacto com outros 'jihadistas' na Síria.

Em 07 de fevereiro, o agente infiltrado recebeu instruções para planear "três atentados suicidas coordenados nos subúrbios sul de Beirute", contra o complexo religioso no bairro de al-Laylaki, o complexo do imã al-Kazem em Haret Hreik e a mesquita al-Nasser em Ouzai, indicaram as FSI libanesas.

O Estado Islâmico enviou também ao agente infiltrado três cintos de explosivos, bem como outras armas, com vista aos atentados que deveriam ter ocorrido no dia 16 de fevereiro, segundo as forças libanesas.

Os atentados deveriam ser uma "homenagem" ao líder do EI Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurashi, morto na noite de 02 para 03 de fevereiro numa operação montada pelos Estados Unidos na região de Idlib, no noroeste da Síria.

O ministro do Interior libanês referiu que as FSI prenderam duas pessoas ligadas ao planeamento dos atentados, mas não adiantou mais detalhes.

O Líbano tem sido visado, desde 2013, por uma série de atentados sangrentos visando sobretudo os subúrbios sul de Beirute, o 'feudo' do xiita Hezbollah.

O atentado mais mortífero foi reivindicado pelo EI (sunita) em novembro de 2015, fazendo 44 mortos, numa represália contra a implicação do partido xiita com o regime vizinho da Síria.

Dezenas de milhares de refugiados palestinianos vivem no Líbano, a maior parte nos 12 campos do país, entre os quais Ain Hilweh, o maior, perto de Sídon.

Um acordo de longa data determina que o exército libanês não entre nesses campos, onde a segurança é assegurada por fações palestinianas.

Leia Também: 'Jihadistas' matam 40 civis por cumplicidade com movimentos rivais

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