Adiada primeira execução de um preso em Singapura desde 2019
A primeira execução, desde 2019, de um condenado à morte por tráfico de droga foi hoje adiada, depois de os advogados terem solicitado uma audiência final neste caso.
© Reuters
Mundo Singapura
Rosman bin Abdullah foi acusado em 2010 de traficar 57 gramas de um opiáceo (diamorfina) e mais tarde condenado à morte.
Na semana passada, a mãe de Rosman tinha sido informada pelas autoridades prisionais que o filho seria executado hoje, mas a execução foi adiada até à audiência final, que deve decorrer nos próximos dias, de acordo com a organização não-governamental local Transformative Justice Collective.
O caso de Rosman é semelhante ao de pelo menos três outros presos, também condenados por tráfico de droga, a aguardar audiências finais nas próximas semanas e cujas datas de execução por enforcamento foram recentemente adiadas.
Um deles, o malaio Nagaenthran Dharmalingam, sofre de problemas mentais e dificuldades intelectuais, um diagnóstico usado pelos advogados para impedir a execução.
Singapura foi criticada por várias organizações, incluindo a ONU e a UE, por ter decidido retomar as execuções após dois anos de suspensão, que coincidiu com a pandemia da covid-19.
O portal noticioso independente We The Citizens, liderado pela jornalista e ativista contra a pena de morte Kirsten Han, estimou que mais de 50 homens foram já condenados à morte e 20 já esgotaram opções de recurso. A situação na ala feminina é desconhecida.
A alta ocupação da zona prisional reservada aos presos no corredor da morte tem levado as famílias a temer que as execuções possam recomeçar em breve, de acordo com o We The Citizens.
Em 2019, Singapura realizou a última execução registada, por enforcamento, de quatro presos, dois dos quais eram toxicodependentes, indicou a organização não-governamental International Federation for Human Rights.
As autoridades da cidade-Estado defendem que a pena capital é uma medida dissuasora contra tráfico de droga, homicídios e outros crimes.
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