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Rei de Marrocos pede que migração seja vista também como oportunidade

O Rei Mohamed VI de Marrocos pediu hoje à União Europeia (UE) que dissipe "mal-entendidos" sobre a questão da migração, que o monarca diz que deve ser encarada não apenas como desafio, mas como "um conjunto de oportunidades".

Rei de Marrocos pede que migração seja vista também como oportunidade
Notícias ao Minuto

13:00 - 18/02/22 por Lusa

Mundo África

Esta é a mensagem do monarca para a sexta cimeira da UE e da União Africana, que termina hoje em Bruxelas, lida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros marroquino, presente no encontro, de acordo com o texto do discurso divulgado pela agência oficial MAP.

"A pandemia demonstrou que, em termos de mobilidade, os migrantes não ameaçam a economia, têm mesmo um impacto positivo para os países de acolhimento, onde muitas vezes são 'trabalhadores essenciais'", sustentou o monarca.

Mohamed VI salientou que as bases da cooperação entre a União Africana (UA) e a União Europeia são regidas garantindo a educação, acelerando a formação e o emprego dos jovens, promovendo a cultura e ordenando a política de migração e mobilidade.

O monarca referiu-se ainda ao Observatório Africano das Migrações, um 'think tank' (grupo de reflexão) pan-africano recentemente inaugurado com sede em Rabat, que visa "restaurar as verdades" sobre a questão da migração, e conciliar os interesses de África e da Europa "quando parecem contraditórios".

Os líderes da UE e da UA estão na capital belga desde quinta-feira, por ocasião da sexta cimeira entre as duas regiões, que não se realizava desde novembro de 2017.

Portugal assinou, em 12 de janeiro, um acordo bilateral com Marrocos para a mobilidade laboral, como recordou, na quarta-feira, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em declarações à Lusa.

Este acordo é, segundo frisou o representante, um exemplo de como avançar na gestão da mobilidade de forma que seja útil para todos e que respeite os direitos de todos.

Mas também para que se faça "de forma segura e não seja pretexto para redes de tráfico, de contrabando, de exploração de pessoas, que (...) são das mais cruéis que o mundo conhece", disse ainda na altura o ministro, que integra a delegação portuguesa presente na cimeira.

Leia Também: Seca em Marrocos deixa agricultores e criadores de gado em situação grave

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