Parlamento Europeu alerta para crescimento de regimes autocráticos
O Parlamento Europeu admitiu hoje estar preocupado com o aumento de "democracias não liberais e regimes autocráticos" no mundo que, pela primeira vez em 20 anos, superam as democracias liberais no panorama internacional.
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Esses regimes "tentam reprimir o seu próprio povo e enfraquecer a liberdade, assim como o governo democrático e as normas internacionais", criticou o Parlamento Europeu, num relatório sobre direitos humanos e democracia no mundo em 2021, hoje aprovado por 487 votos a favor, 80 contra e 120 abstenções.
No documento, o órgão europeu insta a União Europeia (UE) a usar "a sua influência económica nas relações comerciais mútuas" para promover valores como "a liberdade, a boa governança, o Estado de direito e as instituições democráticas".
A responsável pelo relatório, a eurodeputada espanhola Soraya Rodríguez (do partido Cidadãos), sublinhou, citada pela agência espanhola de notícias Efe, o aumento das ditaduras e autocracias no mundo face às democracias liberais e avisou que não se deve colocar a UE e a Rússia como potências equivalentes na crise com a Ucrânia.
"Não é verdade [que sejam comparáveis], estamos a falar do maior e mais consolidado espaço de democracia liberal do mundo, que é a União Europeia, e de um sistema claramente ditatorial, que envenena os adversários e que os mata", sublinhou.
A eurodeputada defendeu que a UE teve ter consciência de tais diferenças e, como tal, "adotar uma posição pró-ativa" e "saber o que está em jogo", por exemplo, na "nova geopolítica com a China, a grande potência económica com sistema de ditadura de partido único, que quer reorganizar o mundo e que pede uma reinterpretação dos direitos humanos, bem como dos direitos e liberdades públicas".
Ainda no mesmo relatório, o Parlamento Europeu expressa a sua preocupação com "os desafios dos direitos humanos e da democracia, que conduzem ao enfraquecimento da proteção da governação e das instituições democráticas e dos direitos humanos universais, bem como à redução do espaço reservado à sociedade civil".
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