Em entrevista ao jornal The Australian, Blinken apontou que a China quer uma ordem mundial "profundamente antiliberal", ao contrário dos EUA, mostrando-se preocupado com as ambições do país se tornar a principal potência mundial.
Em causa, estão, por exemplo, as tensões comerciais da china com outros países e o seu programa de investimentos, denominado Nova Rota da Seda.
Blinken participa, em Melbourne, numa reunião da aliança de defesa do diálogo e segurança, composta pela Índia, Austrália, Japão e EUA.
O governante reconheceu ainda que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia continua a ser uma das principais temáticas em cima da mesa, tendo realizado, antes da viagem à Austrália, um conjunto de contactos telefónicos com os seus homólogos.
Para Blinken, a Rússia "representa um desafio imediato" não apenas para a Ucrânia".
Conforme notou o secretário de Estado, "as fronteiras de um país não podem ser mudadas à força, nem se pode decidir opções, políticas ou associações de outro país"
A Rússia é acusada pelo Ocidente de ter concentrado dezenas de milhares de soldados ao longo da fronteira com a Ucrânia para proceder a uma invasão, que os Estados Unidos consideraram iminente.
O Kremlin desmentiu qualquer intenção nesse sentido e exige garantias relativas à sua segurança à OTAN, querendo que esta assegure que não fará qualquer alargamento à Europa de Leste e que o pedido de adesão da Ucrânia nunca será aceite, o que Aliança Atlântica obviamente rejeita fazer.
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