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Ataques da Turquia contra curdos no Iraque causaram "perdas humanas"

A Força Aérea turca realizou bombardeamentos de posições no norte do Iraque de rebeldes ligados ao ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que causaram "perdas humanas", revelaram hoje as autoridades da região autónoma do Curdistão iraquiano.

Ataques da Turquia contra curdos no Iraque causaram "perdas humanas"
Notícias ao Minuto

22:44 - 01/02/22 por Lusa

Mundo Força Aérea

"Aviões de combate turcos atingiram várias posições dos combatentes do PKK", o movimento rebelde curdo, em particular nas regiões de Makhmour e Sinjar, no norte do Iraque, realçou em comunicado o serviço antiterrorista do Curdistão, sem adiantar um número exato de vítimas.

O PKK, grupo classificado como terrorista pela Turquia e aliados ocidentais, mantém posições de retaguarda, campos de treino e depósitos de armas na região de Sinjar, bem como nas regiões montanhosas do Curdistão iraquiano, região fronteiriça da Turquia.

Ancara, que estabeleceu várias dezenas de bases militares durante 25 anos no Curdistão iraquiano, lançou na primavera de 2021 uma nova campanha militar contra o PKK no norte do Iraque, com bombardeamentos aéreos recorrentes e, por vezes, com operações terrestres.

O comunicado das autoridades do Curdistão acrescenta que os aviões militares turcos atacaram seis posições do PKK nas montanhas Karjokh, perto de um campo para curdos deslocados da região de Makhmour.

E referem ainda ataques contra "duas outras posições nas montanhas Sinjar e área adjacente na Síria", além de bombardeamentos no setor de Shila no Iraque, muito perto da fronteira com a Síria.

"Os ataques causaram perdas humanas e materiais", referiram ainda.

Por seu lado, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede no Reino Unido, relatou um ataque de um 'drone' turco contra uma posição das forças curdas-sírias perto dos poços de petróleo de Rmeilane, no norte da Síria.

O nordeste da Síria é controlado pelas Forças Democráticas Sírias (SDF) que têm sido repetidamente combatidas por militares turcos, também presentes em áreas do norte da Síria.

Em dezembro, três militares turcos morreram num ataque no norte do Iraque, atribuído por Ancara ao PKK. Em agosto, quatro soldados morreram durante operações contra o PKK na região.

Também em agosto, pelo menos três pessoas morreram num ataque aéreo liderado pela Turquia no noroeste do Iraque contra uma clínica onde um oficial do PKK ferido estava internado.

A Turquia tem tropas posicionadas em solo sírio, junto à fronteira norte do país vizinho.

No final de outubro, o Parlamento turco, dominado pelo partido islâmico do Presidente Recep Tayyip Erdogan, prorrogou por dois anos o mandato que permite ao Governo enviar forças militares para o estrangeiro.

A decisão serve de proteção legal para intervenções militares na Síria e no Iraque para "defender a fronteira sul" da Turquia, e foi votada dessa forma pela primeira vez em 2012, após a eclosão da guerra civil na Síria.

Desde 2007 já existe um mandato, também renovado anualmente, que permite o envio de soldados para o norte do Iraque para atacar supostos abrigos do PKK naquele país.

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