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Dois bebés morrem de frio em zona da Síria onde falta roupa e combustível

Dois bebés morreram de frio no noroeste da Síria, onde a neve e as chuvas torrenciais destruíram quase mil tendas dos milhares de famílias que ali vivem em campos de deslocados, indicaram hoje as Nações Unidas.

Dois bebés morrem de frio em zona da Síria onde falta roupa e combustível
Notícias ao Minuto

16:36 - 01/02/22 por Lusa

Mundo Neve

A província de Idlib, o último grande reduto rebelde e 'jihadista' no país devastado pela guerra desde 2011, abriga cerca de três milhões de pessoas, dois terços destas deslocadas de outras regiões da Síria.

O Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) disse que "uma menina de sete dias e outra de dois meses morreram de frio na província de Idlib", e segundo um correspondente da France-Presse (AFP), destacado no território sírio, os bebés ainda foram levados para um hospital na aldeia de Haranbush, mas não foi possível salvá-los.

As mortes de crianças em campos de deslocados em Idlib são comuns durante o inverno.

"As crianças são expostas ao frio. Vivem em tendas velhas. Há falta de roupa de inverno e de combustível", disse o porta-voz do OCHA, Patrick Nicholson.

"O problema está a agravar-se devido à crise económica, à falta de recursos para prestar assistência no inverno e ao aumento das necessidades", acrescentou Nicholson.

A situação é especialmente preocupante para as pessoas deslocadas que necessitam de cuidados, já que muitos hospitais da província de Idlib estão em risco de fechar devido à diminuição da ajuda internacional e à escassez de medicamentos e equipamentos.

Segundo o OCHA, só em janeiro, o mau tempo destruiu pelo menos 935 tendas e danificou mais de outras 9.000 em vários campos de deslocados no norte da Síria.

O aquecimento improvisado destas estruturas representa e potencia o perigo de incêndios, e desde o início do ano foram registados 68, que provocaram 24 feridos e dois mortos, segundo o gabinete humanitário da ONU.

Leia Também: EUA pedem a aliados que repatriem cidadãos 'jihadistas' detidos na Síria

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