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Myanmar. Homem imolou-se em protesto contra militares no poder há um ano

Um homem imolou-se pelo fogo hoje em Myanmar em protesto contra o regime dos militares que tomaram o poder na sequência do golpe de Estado há precisamente um ano, indicaram hoje media locais.

Myanmar. Homem imolou-se em protesto contra militares no poder há um ano
Notícias ao Minuto

12:57 - 01/02/22 por Lusa

Mundo Myanmar

De acordo com o portal Khit Thit Media, Ko Aung Aung lançou fogo ao próprio corpo na localidade de Kyaukpadaung, perto de Mandalay (segunda cidade birmanesa situada no centro do país), para protestar contra as duras condições económicas que Myanmar (antiga Birmânia) enfrenta desde o golpe de Estado militar.

O homem foi transportado para o hospital em estado muito grave. 

"Não regressaremos ao passado, não voltaremos a ter medo", escreveu o homem numa nota antes de se imolar.

No dia em que se assinala o primeiro ano sobre o golpe de Estado liderado pelo general Min Aung Hlain, milhares de birmaneses desafiaram hoje as autoridades "com uma greve de silêncio" em protesto contra o regime.

O Exército justifica o golpe com alegadas fraudes nas eleições gerais de novembro de 2020, que o partido da líder civil Aung San Suu Kyi, venceu, com o aval de observadores internacionais, e cujo resultado foi anulado.

O golpe, a 01 de fevereiro de 2021, que encerrou uma década de transição democrática em Myanmar, foi seguido de uma repressão violenta que pode ter causado mais de mil mortes em circunstâncias passíveis de serem qualificadas como crimes contra a humanidade ou crimes de guerra, segundo uma investigação da ONU divulgada hoje.

"Infelizmente, as informações recebidas no ano passado sugerem que mais de mil pessoas morreram em circunstâncias que podem ser equiparadas a crimes contra a humanidade ou crimes de guerra", referiu Nicholas Koumjian, responsável pelo mecanismo de investigação independente das Nações Unidas para Myanmar.

Em comunicado, Nicholas Koumjian sustentou que "as forças de segurança detiveram milhares de civis em circunstâncias que incluem alegações credíveis de detenção arbitrária, tortura, violência sexual e até homicídio sob custódia".

Este gabinete foi estabelecido pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU em setembro de 2018 e tem como função recolher evidências da prática dos crimes internacionais mais graves e violações do direito internacional naquele país, compilando os casos para facilitar os processos criminais.

 Leia Também: Pelo menos 1.500 mortos durante um ano do golpe de Estado em Myanmar

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